Se sou, às vezes, um pouco não-explícito demais, é porque temo violar a pureza da beleza, caso eu a explicite demais.
Não-explícito talvez, omisso jamais.
Afinal, creio, um "eu te amo" faz menos jus a seu significado do que um abraço.
(ROSA, Marcos. Beleza.)
Às vezes acho que a beleza me intimida demais... Me sinto incomodado, muito, por não conseguir querer falar sobre certas coisas de maneira direta, sem alegorias, crua... objetiva... subjetivamente objetiva, mas objetiva.
Especialmente pessoas.
Especialmente pessoas, porque não falo diretamente de pessoas específicas nem em textos alegóricos. Tenho um certo entrave até pra fazê-lo em conversas/"desabafos". Nesses casos, creio que o temor vai ainda além de violar "meramente" a beleza - acho que, incosciente, ou, pelo menso, subconscientemente, temo violar a própria pessoa ao violar sua belaza - porque, afinal, a pessoa está sagradamente muito acima de sua beleza. Alegorizando isso: me perturba dizer "você é nota 10!", sendo 10 o máximo até quanto sei contar, mas estando você muito além de 10.
Não acho isso muito saudável - como não o é qualquer outro excesso; deixo de fazer um bem à pessoa e, a mim, chego a fazer até mal.
Vou tratar de tratar disso também.
5 comentários:
e só vou fazer um pedido, e somente uma vez, agora, que já li os dois textos disso que pode ser uma série: não se afaste de nós nesse processo (porque o contário não acontecerá).
ah, mas o processo leva no sentido oposto. relax ^^
Bom é encontrar um equilibrio que não seja explicito demais e nem reservado demais.
Muito bom texto Marcos!
Grande beijo.
equilibrio é utopia? =)
né utopia não, pode crer ;)
é meta, é mesmo, Gabi :)
brigado pela visita, queridos :)
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