CIENTIFICISMO + LIRISMO

Mas a vida é tão maior que as palavras...

"(...)quando o acontecimento não cabe nas palavras, eu costumo usar as palavras, ao contrário, para caberem no acontecimento. Não é a mesma coisa, né, mas quase serve."

(Thami)

quinta-feira, 19 de março de 2009

Contemplador de pessoas

Nada me fascina como as pessoas.
...

Já reprografei aqui inúmeros devaneios intimistas, explorando meu infinitamente vasto universo interior. Já os levei comigo em incontáveis viagens intergalácticas, por diversas constelações de sentimentos, recordações - fantasiosas e não -, tramas, projetos, alegorias...

No entanto, por mais que esas viagens nunca tenham se limitado a minha pessoa, por mais que eu tenha deixado bastante evidente a enormidade dessas galáxias minhas que é composta por outras pessoas, acredito que eu não tenha, ainda, os levado em nenhuma jornada cujo foco não seja eu; ou, pelo menos, por mais que tenhamos perpassado alguns, não viajamos ainda por universos alheios ao meu.

Não viajamos, quero dizer, não viajamos juntos. Porque, particularmente, gasto quase tanto tempo nos universos alheios, quanto no meu. Nada me fascina como as pessoas.




Se você puder abrir seu coração e sua mente, um pouquinho que seja, e treinar um pouco seus olhos, você vai estar apto a passar tempos e tempos observando as pessoas.

Parafraseando a mim mesmo: "Não há como escondermos quem somos, nossa essência. Não precisamos falar, nem mesmo agir para sentirmos aquilo que somos, e isso é o bastante para emanarmos uma energia, que é reflexo daquilo que somos." ( http://marcolinoo.blogspot.com/2009/02/exame.html ) Sente-se num banco no parque e abra seus olhos (and I mean realmente abra seus olhos): pessoas que você nunca viu e provavelmente nunca mais verá ganham traços extremamente nítidos diante dos seus olhos abertos! Não tô insinuando que somos todos livros abertos e que qualquer um pode saber qualquer coisa sobre qualquer um só "lendo"; nem que dá pra sair por aí invadindo a privacidade dos outros e descobrindos os segredos deles. Não é isso. Mas é inegável que é possível (e absurdamente divertido!) ir razoavelmente fundo no universo particular de alguém que você vê ou com quem você coversa, mesmo sem que a pessoa se abra pra você. Quanto mais contato houver, mais fundo se vai. E, a não ser que a pessoa tente te enganar =S , a visão que você tem é bastante fiel. Traços físicos, comportamento, voz, modo de falar, olhos, emoções, gestos...... todos esses aspectos, consideravelmente transparentes em qualquer transeunte, são reflexos, ou melhor, partes do universo interior daquela pessoa.

A partir do momento em que aprendi a observar essas pequenas coisas, adquiri tamanho fascínio.

Tem um revés, no entanto: as pessoas que te incomodam (eu diria "de que você não gosta", mas acho isso forte, no mau sentido) chegam à beira de serem insuportáveis. Não dá pra abrir os olhos querendo ver só "coisas bunitinhas e encantadoras".

Mas isso não é nada, comparado com a quantidade embasbacante de "coisas bunitinhas e encantadoras" que você de fato vê pra todo lado que você olha. Torna-se enormemente fácil gostar de alguém, mesmo sem conhecer a pessoa. As pessoas que você ama transforman-se em celestiais colírios para seus olhos. Seu grupo de amigos converte-se num parque de diversões de sonho de criança. Sua escola/faculdade/trabalho toma um quê de lar, seus colegas, de família. Qualquer situação, boa ou ruim, ganha um sopro refrescante e revigorante de ar puro, vindo das pessoas que a compõem.

Amo muito ser Contemplador de Pessoas. ^.^"

domingo, 15 de março de 2009

Leva essa canção de amor dançante pra você lembrar de mim

Minha música preferida da minha banda preferida, além de uma das melhores (em todos os sentidos e quesitos) que eu conheço. Vai pra todo mundo aí que eu amo. ;P*

Balada do Amor Inabalável, Skank


Balada Do Amor Inabalável (Ao Vivo) @ Yahoo! Video
(Desculpe pelas propagandas. >.< )

sábado, 14 de março de 2009

Stop this train

John Mayer




Esse cara é fantástico. Dentre outras razões, por dizer tanto com as músicas dele, botar tanto significado nas letras. Não concordo com muitas das coisas que ele pega, mas isso não me faz admirá-lo menos.

Com essa, concordo. =P

http://letras.terra.com.br/john-mayer/525269/
http://letras.terra.com.br/john-mayer/811655/

terça-feira, 10 de março de 2009

>.<

Algumas coisas conseguem me corroer, me consumir, me oprimir por dentro.

Uma é querer, necessitar conversar com uma(s) pessoa(s) nova(s), movido por uma urgência em tê-la(s) como amiga(s), mas ser incapaz de pensar em algo a dizer, que não seja chato, invasivo, incoveniente e que seja eu falando.

Outra (ou é a mesma?) é ver o tempo-passado-junto se arrastando diante dos meus olhos arregalados, desfilando ante minha boca aterrada, fugindo por entre meus dedos desesperados e perambulando pelos espaços vazios entre eu e as pessoas.

Não é ruim demais.... nem doloroso... mas chega a me deixar sem ar, em alguns picos.

>.<

sexta-feira, 6 de março de 2009

Eu apenas queria que você soubesse

Gonzaguinha




Nem me atrevo a dizer qualquer outra coisa. :)

quinta-feira, 5 de março de 2009

Devaneios III (Memórias)

"É que os momentos felizes tinham deixado raízes no seu penar."

Às vezes eu me pergunto se há alguma coisa relacionada a sentimento que não seja traiçoeira... Ultimamente, até minhas memórias, felizes recordações, tão amadas lembranças... até elas têm me passado a perna, uma vez ou outra.

Quanto mais olho para os sentimentos, mais admiro essa expressão da perfeição. Perfeito: "que reúne todas as qualidades concebíveis; completo". Sentimentos são o bem, são o mal, são o bom, são o mau, são tudo que há pra ser, na medidade certa, na medida natural. Sentimentos são a expressão do mundo. Sentimentos são o mundo. O mundo são os sentimentos. Nós somos sentimentos. Eu sou sentimentos.

Sentimentos são complexos por serem perfeitos. Difícil entendê-los, impossível controlá-los. Não existem sentimentos só bons ou só ruins, todos trazem algo dos dois. O importante é, portanto, saber tirar o que cada um traz de melhor, e conviver com o que cada um traz de pior.

26.05.07

Devaneios II

Como posso saber se estou apaixonado?

É comum ouvir algo do tipo "ninguém além de você pode te dier se você está apaixonado". Faz sentido. Concordo. Afinal, "estar apaixonado" é algo totalmente íntimo, talvez a coisa mais íntima que existe. E subjetiva também: "estar apaixonado" tem um significado pra cada pessoa. Por melhor que alguém te conheça, ainda é preciso sentir o que você sente para poder indentificar quando isso se torna uma paixão.

"Ninguém além de você pode te dizer se você está apaixonado". A verdade às vezes é um pouco incoveniente. E se eu também não souber se estou apaixonado? E aí? Ninguém sabe?

É, ninguém sabe.

Já disse uma vez, sentimentos são traiçoeiros quando querem. Da mesma forma que é interessante o que o coração e a cabeça fazem com a gente.

Minha concepção de amizade sempre me foi uma benção. Ter grandes amigos significa tanto...! Sempre facilitou minha vida, tornou-a mais feliz, agradável, prazerosa, gratificante, ... , melhor. Super-valorizar a amizade sempre fez dela minha maior força. Força tão forte. Pondo-a acima do amor pra mim, entcontrei uma posição em que nunca tive problemas com sentimentos, senão só alegrias.

Mas colocando amizade acima do amor, tendo, inclusive, amizades mais fortes que amores, tornou-se surpreendentemente dicídil ver um amor em meio à amizade, caso ele exista. Identificar um amor em uma amizade que por si só é mais forte, maior que um amor... confesso que ainda não descobri como.

"Ninguém além de você pode te dizer se você está apaixonado". E se eu também não souber se estou apaixonado? E aí? E se não realmente importar se eu estou apaixonado? E aí? Aí... aí tudo bem.

11.05.07 (20h54)

Devaneios I

É interessante o que o coração e a cabeça fazem com a gente. Às vezes parece que eles sabem das coisas mas não contam pra gente, só pra ver a reação. Não faz muito sentido, eu sei. Mas é curioso... ver os dois brincando, me colocando na roda, de bobo.

Quer um exemplo?

Já experimentou ficar longe de pessoas que você ama? Ou mesmo pensar na possibilidade... Parece que abre um buraco no oração, como se tivesse arrancado um pedaço fora, mesmo porque, na verdade, arrancou. Cê sente aquela dor, aquela angústia, aquela saudade infindável.

Mas aí, numa oportunidade qualquer, cê conversa com alguém. Uma conversa boa, longa, rara. E aquilo tudo some. Ou melhor, aparece. Aquele pedaço arrancado do coração. Tá lá de novo, cê sente ele, quente como nunca. E isso te faz pensar. Tirar a pessoa da vista, do alcanse, não tira ela do coração. Se não eu ia sentir essa cratera no coração todo santo dia quando eu viesse pra casa.

O quê que muda? Muda o pensamento. Todo santo dia quando eu venho pra casa, eu tenho na cabeça que "eu vou ver a pessoa amanhã". Agora, quando eu fico longe dessa pessoa, eu tenho na cabeça que "eu não vou ver ela amanhã". Pensar na presença da pessoa me "aproxima" dela. Pensar na ausência, me "afasta". E não só fisicamente. Daí o buraco no meu coração. Eu não tenho que pensar na presença ou na ausência de Fulano. Eu tenho que pensar é no Fulano.

Se você ama alguém, essa pessoa está no seu coração. E se você pensa nela, você está próximo dela. Ela não vai sair do seu coração. E você não vai ficar longe dela. Nunca. Nunca.

A parte curiosa é que tudo isso te traz ao ponto onde você começou: você já sabia disso tudo antes. Sabia que a amizade forte e verdadeira dura. Sabia que quem você ama tá guardado no seu coração pra sempre. Sabia, sim. Mas o susto de ter que pôr essas certezas à prova te fez esquecê-las... até você lembrar delas.

Agora... vai me dizer que isso não são sua cabeça e seu coração fazendo hora com sua cara...

29.04.07 (23h15)

Devaneios, do baú

Antes de ter o blog aqui, eu costumava andar pra cima e pra baixo com "cadernos de bobagens". Abandonei essa prática, talvez pela comodidade de digitar.

Recentemente, tive um impulso de voltar a tacar um caderno na mochila, pra, caso me viesse alguma vontade, escrever, onde quer que eu esteja. Resolvi seguir o impulso, pra variar (sem sarcasmo).

Peguei um caderno já começado. Parei com ele, constatei depois de folheá-lo, no comecinho de 2008, sendo que a última coisa minimamente lírica foi um rascunho de uma carta de aniversário, novembro de 2007.

Folheando o caderno, reencontrei alguns textos que eu nem lembrava que tinham sido escritos; alguns, inclusive, que eu tinha esquecido que adorava. Vou reprografar alguns deles aqui agora.



Obs.: Reprografação fiel, erros gramaticais inclusos. =p