CIENTIFICISMO + LIRISMO

Mas a vida é tão maior que as palavras...

"(...)quando o acontecimento não cabe nas palavras, eu costumo usar as palavras, ao contrário, para caberem no acontecimento. Não é a mesma coisa, né, mas quase serve."

(Thami)

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Polêmica, pra variar [cont.]

Parte 1

Falei muito já sobre Religião. Agora quero focar-me, rapidamente (na verdade, o impulso de escrever veio de um breve debate na van, agora há pouco), sobre a parte das pessoas, em especial o relacionamento destas com a Religião e, ainda mais especificamente, a bitolagem.

Já que inventei a palavra agora:

bitolar - ato ou efeito de fechar a mente para a entrada de novas idéias; ignorância, não necessariamente advinda de arrogância, de idéias diversas; julgar o paradigma vigente como verdade universal e irrefutável; pre-julgar negativamente idéias que vão de encontro às suas próprias.

O que eu vejo como, se não o maior, um dos grandes problemas de uma parcela monstruosa das pessoas é a bitolagem quanto à sua religião, ou mesmo à falta de religião. Vejo como fatal falha encarar um paradigma como absoluto, ultimate.

A Religião (e isto vale, aqui, inclusive para o ateísmo) é, ou deveria ser, a meu ver, um auxílio, um mapa que ajude o Homem a encontrar seu caminho. Tomar o mapa atual como "imelhorável" vai ser, mesmo que não a priori, mas eventualmente, negar a si mesmo a possibilidade de aperfeiçoar seu caminhar.

"Eu gosto de discutir (sobre fé/religião). Porque assim eu conheço as opiniões diferentes da minha.", disse a Stephanie, na van. ESSE é o espírito da coisa. Não importa - repito: não importa qual a religião ou crença, desde que se esteja aberto a receber coisas novas.

Mas não basta ainda só estar aberto a coisas novas, porque ainda assim está-se sujeito à bitolagem, que, em última instância, consiste em "pre-julgar negativamente idéias que vão de encontro às suas próprias".

O grande ponto é: buscar, sempre, o melhor pra si - ao invés de defender que o melhor agora permanecerá o melhor depois porque, simplesmente, é o melhor.

O caminhar não cessa, a busca não pára. Jamais. Não até alcançar-se o destino da jornada. É imprescindível que estejamos, sempre, não só dispostos, mas buscando melhorar. É imprescindível que saibamos que sempre temos a melhorar. Inclusive nossa capacidade de percepção - motivo pelo qual não podemos nos acomodar em nenhuma "verdade absoluta".

E a Fé, nisso tudo? A Fé viva, a Fé raciocinada, a Fé Consciente é acreditar em si mesmo nessa jornada e, por consegüinte, acreditar nos caminhos trilhados, acreditar no melhor, acreditar no melhor caminho e, ainda, acreditar na sua capacidade de sempre melhorá-lo.

My love

A música sacana mais bunitinha, ou a bunitinha mais sacana, que eu conheço. ;D
(E essa animação ficou sensacional! xD )



http://letras.terra.com.br/little-texas/23153/

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Marcolino digivolve para...

...Marcolino.

=P

Piadinhas bestas à parte:

ando tendo insights com muita frequência. Tô começando a ter a impressão que tô entrando numa nova fase da minha vida.

(:

sábado, 19 de setembro de 2009

Exercício

ϟ Luana:
marcoliino [posso te chamar assim, né?] sabe, eu te add, e nunca nem falei contigo :$

pois bem, rapaz, mas me responda a um enigma: como tu consegue ver tanta beleza dentro das pessoas? sabe, eu queria ser assim, mas por mais que eu tente, acho que já estou meio contaminada por esse mundo ><

me responde? eu preciso saber isto ^^

beiijo, e um lindo dia pra ti ;*


Pode me chamar do que você quiser, bem ^^ adoro apelidos ;+D

E, sobre ver beleza dentro das pessoas... É um exercício, sabe.. Um exercício que qualquer pessoa pode praticar.. e o mundo ia ser muito mais leve se todo mundo o fizesse..

Pra mim fica fácil falar isso, porque eu - mesmo depois da infância (porque criança nunca fica muito pensando no mau do mundo pra querer se isolar dele) - nunca quis me fechar. Nunca fui "contaminado por esse mundo", como você colocou.
Então claro que pra mim fica fácil falar, porque eu não precisei realizar essa transição, essa "purificação", por assim dizer, de más impressões e energias - essa que é a parte, eu deduzo, mais "chata" (eufemismo) do processo.

Mas eu realmente acho que isso é pra qualquer um e pra todo mundo.

Bom, tendo clareado isso ^.^"

Veja bem: a questão toda é que o mundo é regido por energias. Tudo é regido por energias. Qualquer pensamento, qualquer sentimento, qualquer sensação, por mais simples e efêmeros que possam ser, geram energia.

E essa energia é "qualificada" de acordo com a natureza, o conteúdo desse pensamento (ou qualquer um dos outros). Basicamente: pensamentos positivos geram energias positivas, pensamentos negativos geram energias negativas, e tudo no meio do caminho seguindo a mesma lógica.

Não tenho muita certeza se a palavra mais adeqüada é "gerar", mas talvez "emitir", porque essas energias saem de nós, fazem parte de nós. Nossa vida toda deixa impressões em nós, fundamentalmente como energias - assim como nós também deixamos nossas impressões em tudo.

Cê acredita em espírito? Não fantasma, espiritismo, umbanda... Só espírito mesmo, nossa essência, aquilo de nós que tá além do corpo físico, a mente, o coração...

Eu não sei onde termina o espírito nosso e onde começam essas energias. Acredito que não haja separação. Nós somos essas energias tanto quanto somos nós mesmos, e elas também são nós (construção estranha =p ). Essa é a tal unidade, de que tanta gente fala (pelo menos assim eu acredito =P ). Digo mais até: pra mim, Deus é isso.

O exercício de abertura a que eu me referi permite que cada vez mais se "enxergue" essas energias.

Eu já cheguei num ponto em que eu olho pras pessoas e, se presto um pouco de atenção por um pouco de tempo, eu acredito que consigo "ver" as energias mais fundamentais delas, quer dizer, as que estão mais marcantemente presentes na personalidade delas. Os valores, se preferir.

Não é como se as pessoas fossem livros abertos pra quem tiver a capacidade de lê-las.. não leio pensamento de ninguém, nem consigo ver o passado.. não é isso. Tampoco tenho a inocente tolice de acreditar que, só com isso, conheço as pessoas. É questão de sentir. Consigo, mesmo, é sentí-las - uma pequenina parcela, mas consigo. O exercício leva a isso, e a beleza tá . Não é ver, é sentir a beleza. Por isso é tão lindo.

Experimento sentir a beleza dor laço de amor que existe entre você e um amigo. Não existe nada mais divino. Simplesmente não existe. Ou mesmo experimente "saborear" um traço de afinidade que você descobre entre você e algum colega não tão próximo. Energia não tem início ou fim, é adimensional, é etérea, imaterial. Assim como o é seu espírito. Sentir os dois juntos... Não tem explicação.

Repondida a parte sobre como ver a beleza.

Mas - cê deve tar pensando - se pensamentos ruins emitem energia tanto quanto os bons, só que energias ruins, como eu evito isso? Como eu não tomo um banho de negatividade enquanto me distraio com as coisas bonitas? Essa é a outra parte da sua pergunta original.

Bom, acontece que não tem essa de se abrir só pras energias boas. Cê só consegue aquele efeito de que eu falei, se você baixar as guardas, se abrir mesmo, permitir que o mundo deixe as impressões dele em você. E aí, a princípio, não tem como filtrar as coisas postivas das negativas.

Mas não, eu não tomo um banho de negatividade enquanto me distraio com as coisas bonitas. Aí já é outra questão, diferente. Não se trata mais do exercício de se abrir. E esta outra questão, ao contrário da aí de cima, eu não domino muito, intelectual e racionalmente falando, então o que eu falar daqui pra frente já assume caráter mais especulativo. São, na verdade, duas questões: sabedoria corporal e afinidade.

"Sabedoria corporal" foi um conceito ao qual eu fui introduzido com a leitura do já famigerado O Caminho do Guerreiro Pacífico. Trata-se do fato de que, como já mencionei aí pra cima, somos parte do todo assim como o todo é parte de nós. Temos, por consegüinte, a sabedoria de todo o universo intrínseca em nosso corpo - não tanto quando em nosso espírito, but still. Isso até que ainda tem tudo a ver com o exercício da abertura: quanto mais nos abrirmos, além da cada vez mais evoluída interação com as pessoas, também mais em sintonia com o universo, com o todo estaremos. Essa sintonia, esse sentir Deus (como gosto de pensar) libera gradativamente a sabedoria corporal.

Não sei explicar o que é essa sabedoria. Não é no sentido intelectual, não é conhecimento. É sentir-se fluir em sintonia com o universo, é sentir-se natural. Mas não há necessidade alguma de explicar isso. A compreensão virá quando vier - dã =P E vale dizer: é justamente a aquisição, mesmo que gradativa, dessa sabedoria que impede que a abertura seja uma prática irresponsável, inconseqüente e, coseqüentemente, perigosa.

A outra questão é uma das leis mais básicas e fundamentais do universo: a afinidade. Os afins se atraem. Isso é inexorável. Simples, se assimilado através da sabedoria corporal; bem mais complexo do que o tratamento que usualmente recebe por aí, se analisado sob a ótica racional. Essa complexidade demanda um estudo mais aprofundado para a compreensão - motivo pelo qual não posso dizer que, racional e intelectualmente, eu domine esse tema.

Mas, grosseiramente falando: energia é vibração, tem uma freqüência característica. Energias postivas possuem vibrações mais elevadas; negativas, mais baixas. Quando emitimos, por qualquer forma, energia em uma determinada faixa de vibração, ela se propaga e interage com outras energias; a interação é tão maior quanto mais próxima for a gama de vibração das energias que ela encontrar pela frente. E essa interação, obviamente, deixa suas impressões em nós.

Afinidade é isso - interação de energias.

Falando especificamente do caso da sua pergunta: o próprio medo, ou um receio que seja, de ser inundado por energias negativas, caso se abra, emite uma energia que vibra "próxima" a essas mesmas energias negativas; mais próxima, pelo menos, que às energias positivas.

A recíproca, no entanto, é claramente verdadeira: ponha um sorriso de bom-dia na alma e saia por aí e veja o bem que isso fará a tantas pessoas no seu caminho - e a você!

Por isso é um exercício, por um lado, particular, e não tem como eu te dizer como proceder. Tudo que eu te disser sobre esse aspecto será baseado na minha própria experiência, por isso será como se eu estivesse "diagnosticando" a mim, e não a você.

Por outro lado, posso sim te oferecer minha experiência, mas pra que você se inspire, não se espelhe. E foi isso que tentei fazer aqui.

Além disso, falar a esse respeito é também pra mim um ótimo exercício e muito me faz bem. Porque parte do processo é se abrir pra si mesmo. ^^

[E a grande maravilha desse assunto é que tem sempre muito muito mais pra se falar. (: ]

Entããão, Lu [posso te chamar assim, né? ;)~ ], é isso. =P Um abração grandãozão pra você. ^^

sábado, 12 de setembro de 2009

Circuito Musical


( CIRCUITO MUSICAL - ÍNDICE )

Neste Circuito, para delírio e frenesi totais e absolutos da imensa maioria dos meus amigos, que sempre muito admiraram meu gosto musical graças fundamentalmente a este senhor, [/sarcasmo] Kenneth Gorelick, nascido a 5 de junho de 1956, em Seattle, terra do grunge, [/zoera] 1,57m (naniiico, haha sabia disso não =P ), maior saxofonista ever - Kenny G.



O seu envolvimento com a música começou quando ele ainda era pequeno. A sua primeira apresentação ao vivo como profissional ocorreu nos anos 70, acompanhando Barry White. O bom desempenho incentivou-o a seguir adiante, e deu inicio à carreira solo na década de 80. Lançou diversos CDs, com músicas ecléticas, e com vários intérpretes de toda parte do mundo. Seu primeiro álbum de sucesso, “Duotones” (1986), atingiu o top 10 nos EUA, e mostrou as suas armas: um som instrumental com fortes pitadas de rhythm e blues moderno, melodias românticas e sempre uma ou outra faixa com vocalistas convidados, do naipe de Peabo Bryson, Toni Braxton, Michael Bolton e até Frank Sinatra. Seu som é admirado em todo o mundo por diversas culturas. É, sem dúvida, o músico instrumental mais vendido do mundo, com um número espantoso de mais de 80 milhões de discos vendidos; quebrou recordes até mesmo com seu primeiro disco natalino, “Miracles: The Holiday Album” (1994) - por sinal, seu único CD até hoje a atingir o primeiro lugar na parada de álbuns americana. Ele se apresentou ao vivo no Brasil na década de 90, com grande presença de público.


Ele falando sobre o começo da carreira: (sorry, only in English)(e ao som da maravilhosa Singbird)


Algumas informações aleatórias:

-Kenny é casado com Lyndie Benson e tem dois filhos, Max(15) e Noah(11);
-adora jogar golfe, participa de torneios oficiais regularmente - já foi inclusive eleito, pela revista especializada Golf Digest, o melhor jogador-músico em atividade;
-é um piloto altamente qualificado, já participou de diversos envetos, pilotando seu De Havilland Beaver;
-é um dos poucos instrumentistas de sopro que consegue tocar e respirar ao mesmo tempo, sem interrupção nem interferência no som e nas notas - técnica chamade de respiração circular; (Isso aí é cabuloooso - olha o vídeo no link)
-em 97, ele entrou para o Guinness por tocar a nota mais longa já registrada em saxofone - segurou um ré sustenido por quarenta-e-cinco-minutos-e-quarenta-e-sete-segundos. =SSS

-Sempre tive vontade de tocar sax, o único instrumento que eu realmente faço questão de um dia aprender - e esse doidin toca muuuito! xD


Fontes:
Wikipedia
last.fm



(Essa música é a trilha sonora da fita da festinha do meu aniversário de um ano. Não lembro de nada antes de eu amar ela.)
(E o fato de ela ser tema do filme Dying Young (tradução literal: Morrendo Jovem) e de o cara que editou a fita ter colocado ela como tema do aniversário de um ano de uma crinça, isso a gente releva -.- )













Hahaaa, e saca só ele junto com o Stevie Wonder xD



E ele é uma figura (pessoa) fenomenal. Quero ser amigo dele. :}
x´D
Sério.
xP



( CIRCUITO MUSICAL - ÍNDICE )

domingo, 6 de setembro de 2009

Jantar com amigos

[Esse texto já tá aqui no blog, mas escondido no meio de uma postagem maior. Já que tô organizando meus favoritos aqui, quis, claro, colocá-lo na lista, então achei por bem "resgatá-lo", escancará-lo.]
[Texto de 2007, de antes de eu ter o blog.]



Jantar com amigos


-Tem certeza de que não quer comer nada?

-Tenho... Tenho sim, brigado. Não tô com fome não. Acho que sou movido a felicidade – soou ridículo, por isso todos riram e continuaram a jantar e a conversar. Gostava de dizer bobagens, fazer palhaçadas, comentários engraçados... gostava de fazê-los rir.

Mas, desta vez, falara sério, mesmo que em tom de brincadeira. Realmente não sentia fome. Nem tédio, sono, cansaço ou qualquer outra dessas sensações ruins que se sente a toda hora. Ou melhor, quase a toda hora. Porque não sentia nada disso quando estava com os amigos. Por que não sentia nada disso? Só sabia mesmo era que não sentia. Amizade. Amizade... Amizade tem mesmo dessas coisas estranhas... sem sentido... boas... Amizade... Será que aquelas pessoas ali, jantando, conversando, sabiam que causavam tal inexplicável efeito em alguém? que eram tão importantes na vida de alguém? Provavelmente não. Será que era assim tão importante para elas também...? Não era algo muito agradável de se pensar... principalmente para alguém com o tal “complexo de time pequeno”. Aquela história do futebol, que o time pequeno sempre se acha inferior aos demais, sempre abaixa a cabeça para os grandes, achando-se indigno de estar entre eles, porque eles são tão melhores etc e tal... Costumava ver a amizade, de certa forma, dividida em duas: o Sentimento de Amizade e a Amizade em si. O Sentimento é a parte individual, a parte que depende de somente um dos dois lados, era disso que realmente entendia, nisso que realmente gastava horas pensando. A Amizade em si é mais, é maior, é a evolução do Sentimento dos dois lados, é convívio, contato, sintonia, depende do Sentimento dos dois lados, é quando qualquer um dos dois pode dizer, sem receio, “Eu sou amigo dele”. Para alguém com o “complexo de time pequeno”, demora um pouco até poder dizer isso. O que sabia é que aquelas pessoas ali, jantando, conversando, podiam dizer isso sem medo, pois elas eram os tais “melhores amigos”. Como disse Vinícius de Moraes, “tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. (...) A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. (...) Mas, porque não os procuro, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.” Nenhum deles estaria lendo estes pensamentos, mas enfim... deu pra entender. Poderia citar todo o texto “Amigos”, de Vinícius, mas o que é realmente o ponto de tudo isso é que, em termos de Sentimento, era especialista. Com certeza. Especialista.

-Marcos?

-Ahn? Oi? Oi!

-Você tá bem?

-É, cara, você tá todo autista aí.

-Ah, não, não, tudo bem sim. Eu só tava viajando um pouco aqui. Pensando na vida, sabe – e todos riem de novo.

-Alguma super resolução nova?

-Sempre tem alguma. Mas eu penso demais, você sabe disso. Bom, vou-me indo. Vou pra casa comer alguma coisa e dormir, que estou ficando com fome e com sono. Tchau tchau pra vocês – levantei-me, rindo, e fui saindo, ao som de xingamentos e mais risos de meus amigos.

Circuito Musical


Vo dar uma reduzida na freqüência do Circuito, pra evitar que acabem as bandas boas o bastante pra serem postas aqui e também pra que a qualidade do Circuito não caia.

Que tal uma vez por mês?