CIENTIFICISMO + LIRISMO

Mas a vida é tão maior que as palavras...

"(...)quando o acontecimento não cabe nas palavras, eu costumo usar as palavras, ao contrário, para caberem no acontecimento. Não é a mesma coisa, né, mas quase serve."

(Thami)

domingo, 23 de agosto de 2009

Auto-criticator 2.0

Se sou, às vezes, um pouco não-explícito demais, é porque temo violar a pureza da beleza, caso eu a explicite demais.
Não-explícito talvez, omisso jamais.
Afinal, creio, um "eu te amo" faz menos jus a seu significado do que um abraço.

(ROSA, Marcos. Beleza.)



Às vezes acho que a beleza me intimida demais... Me sinto incomodado, muito, por não conseguir querer falar sobre certas coisas de maneira direta, sem alegorias, crua... objetiva... subjetivamente objetiva, mas objetiva.

Especialmente pessoas.

Especialmente pessoas, porque não falo diretamente de pessoas específicas nem em textos alegóricos. Tenho um certo entrave até pra fazê-lo em conversas/"desabafos". Nesses casos, creio que o temor vai ainda além de violar "meramente" a beleza - acho que, incosciente, ou, pelo menso, subconscientemente, temo violar a própria pessoa ao violar sua belaza - porque, afinal, a pessoa está sagradamente muito acima de sua beleza. Alegorizando isso: me perturba dizer "você é nota 10!", sendo 10 o máximo até quanto sei contar, mas estando você muito além de 10.

Não acho isso muito saudável - como não o é qualquer outro excesso; deixo de fazer um bem à pessoa e, a mim, chego a fazer até mal.

Vou tratar de tratar disso também.

sábado, 22 de agosto de 2009

Circuito Musical



( CIRCUITO MUSICAL - ÍNDICE )

Essa semana, mais uma lista, momento super-cult =p Top 5 Classical, as minhas preferidas - sem qualquer pretensão de querer parecer entender muito do assunto.

5) Handel: Concerto Grosso I in G Major



4)Thcaikovsky: Capriccio Italien



3) Ravel: Boléro



2) Mozart: Serenata no.13, "Eine Kleine Nachtmusik" / "A Little Night Music"





1) Pachelbel: Canon in D - versão ao piano, arranjo de Lee Galloway. (Junto com a Serenata aí em cima, de longe das coisas mais bonitas que eu já ouvi.)


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sábado, 15 de agosto de 2009

Circuito Musical


( CIRCUITO MUSICAL - ÍNDICE )

Hoje, o Deus do R&B, uma figura fenomenal, expetacular, genial - preciso de uma série de adjetivos clichês pra quebrar o clichê e fazer jus ao pseudônimo do senhor Stevland Hardaway Morris, 1,83m, nascido a 13 de maio de 1950, no estado americano de Michigan: Stevie Wonder, ladies and gentlemen!


Devido a seu nascimento prematuro, sofreu da doença chamada retinopatia da prematuridade - crescimento desorganizado dos vasos sangüíneos que suprem a retina (camada mais interna do globo dos olhos) do bebê. Esses vasos podem sangrar e, em casos mais sérios, como o de Stevie, a retina pode descolar e ocasionar a perda total e permanente da visão. O elevado nível de oxigênio na incubadora em que ele foi posto após o parto ainda piorou o estado da doença.

Quando ele tinha quatro anos, seus pais se separaram, e ele mudou-se com sua mãe e seus irmãos para Detroit. Lá, começou a tocar piano aos sete, tendo dominado a técnica já aos nove; também foi ativo participante do coral da igreja local; ainda aprendeu, por contra própria, a tocar gaita, bateria e baixo, tendo dominado todos já aos dez.


Tanto talento despertou a atenção da futura legendária Motown Records, e, aos onze anos, Stevie Wonder já era um artista contratado. A princípio sob o pseudônimo de Little Stevie Wonder, rapidamente se tornou conhecido como um dos mais inovadores e influentes cantores/compositores de seu tempo, sendo um dos maiores astros da Motown. Também se tornou conhecido como compositor, escrevendo músicas para artistas e grupos da Motown, como The Spinners e Smokey Robinson.

Recebeu o Oscar de melhor canção por "I Just Called To Say I Love You", da trilha de A Dama de Vermelho, além de incríveis 25 Grammy's.

Stevie foi casado duas vezes (o segundo permanece) e tem sete filhos.


Fontes:
wikipedia
last.fm















Como não bastasse o som maravilhoso que ele faz, como não amar aquele sorriso, aquela alegria, aquela paixão pela música e pela vida que ele demonstra o tempo todo? Eu só acho impossível.



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"Pequeno" desabafo / Descarga de pensamento

Não sou de criar muitas expectativas, nem sobre mim mesmo. (Acho isso uma boa coisa, resultado de lições bem aprendidas.)

Mas há uma que rotineiramente crio, e que rotineiramente se transforma em frustração. Quase sempre culpo as circunstâncias e/ou a outra pessoa e transformo a frustração em mau humor regado com decepção, mas no fundo sempre sei que o responsável sou só eu - e agora resolvi emergir esse insight.

Sobre a frustração, legítima e justa: me mata não conseguir ter uma conversa sobre a qual eu tenha criado alguma expectativa (não precisa ser uma conversa "séria"; só precisa que eu a tenha passado e repassado na cabeça pelo menos uma vez - o que não é raro).

Emergindo o insight: "não consguir ter uma conversa...". Não conseguir o caramba! A verdade mais escancarada é que em noventa e tantos porcento das vezes eu me recolho à insignificância dos resquícios do meu complexo de inferioridade.

Eu genuinamente adoro ouvir/ver um amigo virar pra mim e espontaneamente me contar alguma coisa que não tem nada a ver comigo - alguma coisa que eu não tenho motivo nenhum pra querer ouvir além dos simples fatos de que 1) eu gosto da pessoa, 2) me interesso por qualquer detalhe "banal" da vida dela e, mais importante, 3) me faz um bem imensurável a pessoa querer me contar detalhes "banais" da vida dela.

Mas eu pareço não ter a capacidade de pressupor que a recíproca possa ser verdadeira. Mais até: pareço não ser capaz de não pressupor que o contrário é verdadeiro. E pior ainda é que em nenhum nível isso é consciente e, muito menos, racional - parece toc, for Christ's sake.

Quando eu julgo uma boa hora pra ir e começar a falar, sempre, e aí é 100% mesmo, qualquer coisa - inclusive nada - é desculpa pra o pressuposto negativo surgir de sei lá onde e me subjulgar sem nem precisar tentar, e eu ficar quieto, deixar a conversa seguir qualquer outro rumo, chegar em casa de noite e ficar resmungando comigo mesmo.

Pelo amor né... Haja Santa paciência, porque a minha acabou. ¬¬

terça-feira, 11 de agosto de 2009

:)

Se eu pudesse olhar pra mim agora... mas realmente olhar, olhar com a alma... Tantas cores, tanta luz...!

Mesmo depois de tudo por que já passei continuo a me surpreender com o poder disso. É tanta força, que responder a alguém que "estou feliz" é infantilmente redundante.

Estou... ultra-sensível.
Não no sentido de chorão.
Ultra sensível porque minha emoções, meus sentimentos, minhas energias estão absurdamente afloradas, insitadas, estimuladas ao seu máximo (se é que existe um).

Um belo salto... pra quem por três semanas ficou "entornado" em seu corpo, gripado, materializado à força e incomodamente... e, agora, subitamente, eu não poderia estar mais desligado do meu corpo - ou melhor, meu corpo não poderia estar mais ligado ao mundo das energias: a "simples magia", a princípio física, do encontro pôs-me em posição de tiro - meu corpo apontado para meus amigos e minha alma disparada para eles.

Nesses momentos... sinto que sou tudo que posso ser; sinto que a vida valeu e vale a pena; sinto que não só estou no caminho certo, como esse caminho me leva por passeios pelos Jardins; sinto-me completo, realizado, perfeito na minha imperfeição; sinto-me ligado a tudo, sinto que sou parte de tudo, do todo, e que tudo é parte de mim - sinto Deus.

E não tenho como expressar o quanto sou grato por esses momentos serem tão rotineiros.


"It's a simple thing that came to me and I thank God I'm alive."

domingo, 9 de agosto de 2009

Circuito Musical

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Tá, já vou logo admitindo que fiquei com preguiça... Mais precisamente, cheguei até a escolher a banda dessa semana, mas aí passei o dia na frente da tv, e agora tô com preguiça de ficar até altas horas fazendo isso. Mas também, quem ia adivinhar que eu ia achar alguma coisa pra ver na tv num domingo? Quanto mais achar coisa pra me segurar o dia todo...



Enfim... Top 5 música-só-pela-música.

Sabe, aquela música que você adoooora, mas seu gosto independe absolutamente de quem canta/toca - ou você não conhece mais nada da banda, ou só gosta dessa música... aquela música cujo intérprete o nome nada te interessa, a música de que você gosta só pela música.

5) Play That Funky Music - Wild Cherry


4) Learning to Fly - Tom Petty


3) One Man Wrecking Machine - Guster
(só achei esse vídeo de Gilmore Girls. os outros eram ao vivo, e perde muita graça ao vivo)


2) English Girls Approximately - Ryan Adams
(fatalmente violei algum direito autoral, fiz meu próprio vídeo, que deve durar pouco aqui, mas não tinha nada no youtube, fazer o quê...)


1) Same In Any Language - I Nine
(algumas imagens do meu filme preferido de bônus :P aliás, a 4, a 2 e essa são da trilha sonora de Elizabethtown - best ever.)


(a ordem das quatro primeiras não vale de muita coisa não, muda toda hora.)

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sábado, 1 de agosto de 2009

Circuito Musical


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Essa semana, a lenda do Southern Rock americano, estrelando o grande Ronald Wayne "Ronnie" Van Zant e o inigualável e inconfundível trio de guitarras, Lynyrd Skynyrd (pronuncia-se línard skínard).


O núcleo da banda foi formado em meados de 1964, na cidade portuária de Jacksonville, sul da Flórida. Ronnie Van Zant e um vizinho, Robert Burns (Bob), que tinha uma bateria, se juntaram ao colega de escola Gary Rossington, que, por sua vez, sugeriu o baixista Larry Junstrom. Faltava um amplificador. Por ter o aparelho e também tocar guitarra, além de ser colega de escola dos outros integrantes, Allen Collins (Larkin Allen Collins Jr.), então no The Mods, juntou-se
à banda.

Começaram a tocar influenciados por country, rock britânico (Rolling Stones, Yardbirds, Cream e Beatles) e blues. Os barulhentos ensaios aconteciam na garagem da casa de Burns. "Nós plugávamos nossas guitarras no canal limpo, Ronnie colocava seu microfone no normal - eram os três em um amplificador - e Bob tocava bateria. Foi assim que começamos", contou Gary.


Neste período, a banda mudou várias vezes de nome - My Backyard, Noble Five, Wildcats, Sons of Satan, Conqueror Worm, Pretty Ones, One Percent.

O nome Lynyrd Skynyrd surgiria um pouco mais tarde. Durante um show, Ronnie anunciou a banda com o nome de Leonard Skinner - o famigerado instrutor de ginástica dos então estudantes Ronnie, Gary e Bob, que vivia dando suspensão aos garotos por causa dos seus cabelos longos, que iam contra as rígidas normas da escola.

"Nós somos (a banda) One Percent, mas vamos mudar nosso nome esta noite. Todos que quiserem que mudemos para Leonard Skinner, aplaudam!", disse Ronnie à platéia, que conhecia o professor e aprovou o nome no ato. Em seguida, os membros substituíram as vogais por Y, segundo Gary, "para preservar a identidade do culpado". (Apesar, ou por isso, mantiveram uma relação amistosa com o dito cujo nos anos que se seguiram, inclusive convidando-o para anunciar a banda em alguns shows.)

Passaram a ensaiar numa espécie de barracão de madeira e zinco, tão pequeno e quente que foi apelidado por eles de "Hell House", ao sul de Jacksonville. Foi no calor sufocante da Hell House que o som da banda começou a tomar forma - country, blues e hard rock eram a base sonora. A despeito das condições severas adversas, o grupo estava determinado a ser bem-sucedido, a não perder de vista seus sonhos.

Fazendo uma turnê com a banda Strawberry Alarm Clock, começaram a se destacar, estabelecendo-se no sul (Flórida, Tennessee, Geórgia e Alabama) como um bom grupo ao vivo.


No decorrer da década de 60 e ínicio da de 70, a banda foi adquirindo formato mais definido, enquanto continuava com seus shows pelo sul americano. Nessa época, inclusive, foram compostos alguns dos grandes feitos do grupo, como Free Bird e Sweet Home Alabama, dois hinos do rock'n'roll.

O primeiro disco veio em 73. "Pronounced’ lêh-nérd ‘skin-‘nérd" foi muito bem sucedido, tendo “Free Bird” e “Gimme Three Steps” como principais hits. Abanda foi, então, convidada a abrir os shows da turnê do The Who nos Estados Unidos, o que levou o brilhantismo das composições de Ronnie Van Zant e o espetáculo de três guitarras para os outros cantos do país, além de levar o nome Lynyrd Skynyrd ao sucesso nacional.


As sessões de gravação de "Second Helping", em janeiro de 74, começaram turbulentas. "O problema é que nós estávamos no estúdio 1, os Eagles (The Eagles) estavam no outro, Stevie Wonder estava gravando no terceiro, e John Lennon e Jackson Browne estavam ao redor. A banda se sentiu nervosa um bocado de tempo, especialmente no dia em que John Lennon esteve em nossa sala de controle. Eles ficaram congelados - foi o fim do trabalho naquele dia". Quando enfim gravado e lançado, o álbum emplacou Sweet Home Alabama como maior hit da banda, dando seqüência ao sucesso do primeiro disco.

Os lançamentos seguintes não obtiveram tanto sucesso nacional, embora o Lynyrd Skynyrd continuasse, e mais que nunca, como um símbolo do southern rock, imagem tão forte que levou a banda a adotar uma bandeira gigante dos Confederados como pano de fundo nos palcos dos shows.

Após Gimme Back My Bullets, de 1976, mais algumas mudanças ocorrem na formação: o guitarrista Steve Gaines entra, juntamente com as backing vocals The Honkettes.

Gravaram, então, o duplo ao vivo "One More From The Road", um dos maiores sucessos comerciais de toda a carreira, e Free Bird, em versão ao vivo, volta a estourar nas rádios. Aproveitando o bom momento, gravaram o inédito "Street Survivor", em 77, que ganhou disco de ouro já no lançamento. That Smell e What’s Your Name tornaram-se verdadeiros hinos na época.


Quando tudo parecia ir muito bem, um trágico acidente impactou a carreira da banda. No dia 20 de outubro de 77, 26 pessoas, incluindo os músicos, roadies e tripulação, partiram em direção ao estado de Lousiana, no avião particular da banda, um Convair 240 apelidado de Free Bird.

Quando perceberam que o avião estava caindo, Van Zant agarrou um travesseiro de veludo vermelho e deu um aperto de mão em Artimus Pyle, segundo este contou (o baterista foi um dos poucos sobreviventes que não perdeu a consciência). "Ele olhou para mim e sorriu, como apenas ele conseguia sorrir, falando para não me preocupar, com seus olhos castanhos dizendo 'Bem, é hora de ir parceiro'. Dois minutos depois ele estava morto com um ferimento na cabeça".

O avião caiu entre uma densa floresta, em uma área pantanosa próxima a Gillsburg, McComb, Mississipi. Na colisão, o avião partiu-se no meio. O guitarrista Steve Gaines, o roadie manager Dean Kilpatrick, o piloto Walter MacCreary e o co-piloto William Gray morreram na hora. Ronnie foi arremessado contra a fuselagem do avião sofrendo traumatismo craniano. Também faleceu instantaneamente. De acordo com relatos de Pyle e do tecladista Billy Powell, Cassie Gaines sofreu um profundo ferimento na garganta e sangrou até a morte em seus braços.

Como geralmente acontece nesses casos, a tragédia resultou em maior exposição do Skynyrd e na venda de milhares de discos.

Nesse ponto, o Skynyrd transcendia o status de banda de Southern Rock para se transformar em um mito - esse foi epílogo de uma grande banda. Em 87, os quatro membros originais sobreviventes, juntamente com Johnny, irmão mais novo de Ronnie, reuniram a banda, continuando a carregar o nome Lynyrd Skynyrd até hoje, embora sem compração com o original.


Fonte:
wikipedia
last.fm


















"To me, there's nothing freer than a bird, you know, just flying wherever he wants to go. And, I don't know, that's what this country is all about, being free. I think everyone wants to be a free bird."
"Pra mim, não tem nada mais livre que um pássaro, sabe, só voando pra onde ele quiser ir. E, sei lá, é disso que esse país se trata, ser livre. Eu acho que todo mundo quer ser um pássaro livre."

(Ronnie Van Zant)




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