Quer um exemplo?
Já experimentou ficar longe de pessoas que você ama? Ou mesmo pensar na possibilidade... Parece que abre um buraco no oração, como se tivesse arrancado um pedaço fora, mesmo porque, na verdade, arrancou. Cê sente aquela dor, aquela angústia, aquela saudade infindável.
Mas aí, numa oportunidade qualquer, cê conversa com alguém. Uma conversa boa, longa, rara. E aquilo tudo some. Ou melhor, aparece. Aquele pedaço arrancado do coração. Tá lá de novo, cê sente ele, quente como nunca. E isso te faz pensar. Tirar a pessoa da vista, do alcanse, não tira ela do coração. Se não eu ia sentir essa cratera no coração todo santo dia quando eu viesse pra casa.
O quê que muda? Muda o pensamento. Todo santo dia quando eu venho pra casa, eu tenho na cabeça que "eu vou ver a pessoa amanhã". Agora, quando eu fico longe dessa pessoa, eu tenho na cabeça que "eu não vou ver ela amanhã". Pensar na presença da pessoa me "aproxima" dela. Pensar na ausência, me "afasta". E não só fisicamente. Daí o buraco no meu coração. Eu não tenho que pensar na presença ou na ausência de Fulano. Eu tenho que pensar é no Fulano.
Se você ama alguém, essa pessoa está no seu coração. E se você pensa nela, você está próximo dela. Ela não vai sair do seu coração. E você não vai ficar longe dela. Nunca. Nunca.
A parte curiosa é que tudo isso te traz ao ponto onde você começou: você já sabia disso tudo antes. Sabia que a amizade forte e verdadeira dura. Sabia que quem você ama tá guardado no seu coração pra sempre. Sabia, sim. Mas o susto de ter que pôr essas certezas à prova te fez esquecê-las... até você lembrar delas.
Agora... vai me dizer que isso não são sua cabeça e seu coração fazendo hora com sua cara...
29.04.07 (23h15)
2 comentários:
Uh, muitas verdades. Tu sabe que todo dia acordo, de barraca armada, pensando no tanto que o marcolino tá longe de mim, né?
como de praxe, de Paula, você me deixa speechless.
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