CIENTIFICISMO + LIRISMO

Mas a vida é tão maior que as palavras...

"(...)quando o acontecimento não cabe nas palavras, eu costumo usar as palavras, ao contrário, para caberem no acontecimento. Não é a mesma coisa, né, mas quase serve."

(Thami)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Vida longa ao Rei

Eu não tô exatamente triste... Tô de luto, pesaroso, chateado, muito chateado... I mean, o Michael que fazia parte, grande parte, da minha vida era, é o Michael músico - e esse Michael já tá meio suspenso, congelado no tempo há quase duas décadas...

A primeira lembrança que eu tenho dele... Eu tava naquela fase, da qual hoje não consigo discernir direito a questão do tempo - tenho lembranças de quando tinha 10 e de quando tinha 5, mas não consigo direito saber qual é de quando... mas acredito ser essa bem antiga, das mais antigas. Tava eu pulando feito uma criança enlouquecida (no kidding? =P ) na cama do meu quarto - ela ainda ficava na parede que hoje tem o armário - ouvindo na vitrola da minha mãe o LP do Michael dela... Acho que era o Thriller - na verdade eu não tenho a mínima sombra de lembrança se era ou não, mas, se você tá na dúvida de algum álbum, música, época da carreira do Michael, pode chutar Thriller, que o negócio foi tão enorme que a chance de você acertar é grande. =P

Eu fazia isso direto... Pegava a vitrola e o LP escondido (ela sabia e deixava, mas eu sempre tentava pegar escondido de qualquer jeito =P ), levava pro quarto e ficava horas pulando na cama, ouvindo aquela coisa - eu não tinha a menor noção de quem era Michael Jackson, de o que era aquilo que eu tava ouvindo, de o que era música... Mas eu adoraaaava aquilo mesmo assim!

Nessa época também, eu costuma ver um filme, do mesmo cara do LP, um filme cheio de música, uma história moh doidona, o cara era amigo de umas crianças, virava um carro, era perseguido por uns caras com cabeça de boneco gigante, virava um gangster, depois um robô gigante e acabava com os bandidos... e ele dançava legal pra caramba! Eu não tinha nenhuma capacidade intelectual pra prestar atenção na história, mas o negócio me divertia demais!

E isso tudo antes de eu começar a gostar de fato de música, o que foi acontecer lá pros meus 13, 14 anos...

Aí eu fui descobrir quem era aquele cara legal do LP e do filme, e comecei a ouvir ele, sabendo (tendo uma vaga noção de) o que era música, o que era Michael Jackson. Quando, por esse tempo, descobri a MTV, eu ainda era criança o bastante pra ficar completamente vidrado, fascinado, apaixonado pelos clipes dele, especialmente, lógico, Thriller, sempre tentando imitar os passos de dança, cantar as músicas, como uma legítma criança empolgada.

Eu sou mais um que cresceu ouvindo Michael Jackson, inclusive não me lembro de nada antes de eu gostar de ficar pulando na cama ao som dele. Com o passar do tempo fui tomando conhecimento do tamanho desse cara e me tornando cada vez mais fã dele, e cada vez um fã mais legitmo. O processo continua até hoje, ainda sou criança o bastante pra ficar vidrado, fascinado, apaixonado pela música dele, cantando, tentando dançar que nem ele - e provavelmente sempre serei, mesmo porque a música dele vai viver pra sempre.

Eu tava justamente mexendo com música quando comecei a ver "Michael Jackson morreu" em alguns nicks no msn... Minha primeira reação foi semelhante ao que a Pitty e o Benegão disseram terem sido as suas: "pff, detesto essas fofocas toscas nada a ver com nada - vê, Michael Jackson morto... Michael Jackson não é do tipo de cara que morre..."

Aí veio a confirmação e eu fiquei meio completamente blasé... Não cheguei a ficar triste por mim, porque eu fico meio que na mesma - o Michael que chega pra mim, que sempre chegou, nunca foi o Michael contemporâneo meu, sempre foi a voz/som e a imagem do passado - não muito distante, mas ainda assim passado. Mas esse Michael era tão bom pra mim que eu criei um enorme carinho pela pessoa Michael Jackson, pelo Michael meu contemporâneo, mesmo eu raramente tomando conhecimento de sua existência, fora escândalos com os quais nunca me importei muito, a não ser para lamentar a pena que era a decadência dele. Mas, ainda assim, sempre tive a pessoa Michael Jackson muito bem guardada no meu coração, além de sua música. Fiquei, portanto, extremamente chateado por ele, alguém a quem sempre desejei só o bem, sempre esperando que ele pudesse encontra paz nessa vida pessoal grotesca.

Bom, talvez ele tenha, finalmente. Foi um prazer inenarrável, Michael. Fica com Deus. o>


O cara é o Rei do Pop, sempre será. Mas vou deixar essa questão pro Circuito de domingo. Hoje fica só o depoimento emocional de um grande admirador.

2 comentários:

De Paula disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Marcolino disse...

Não se mistura, se se puder evitar, quem se importa com quem não se importa.

Como aqui pode-se evitar, porque o blog é meu e tals, evitar-se-á.

:)