( CIRCUITO MUSICAL - ÍNDICE )
Tô em um (ou "mais um") momento/fase DISCO. E como é disso que vou falar esta semana, meu plano A seria escolher, dentre os que conheço e mais gosto, o artista/banda que melhor representasse o estilo/época - os Bee Gees, claro. Mas, como já sofria um pouco desse estado semana passada, já falei aqui sobre os irmãos Gibb, logo, meu plano A já era. Ficou sendo meu plano oficial, então, o B: discorro um pouco sobre o estilo/época em geral, e apresento alguns ícones. So, let's shake it, baby! ;]
(O atraso dessa vez se deve a uma dificuldade técnica: na tentativa, a ser vista mais adiante aqui, de apresentar uma descrição mais técnica do estilo, me deparei com uma série de termos criptografados em inglês... precisei, logo, de uma ajudinha de alguém que entende anos-luz mais do assunto que eu. Agradeço once again. ^^ )
Como todos os gêneros musicais similares, definir um único ponto de início é difícil, uma vez que muitos elementos daquilo que hoje se chama disco music aparecem em gravações bem anteriores ao seu "boom". As origens mais notáveis são da América africana e das comunidades hispânicas dos EUA, especialmente New York, no fim da década de 60 e começo da de 70.
O som disco, enqüanto único, desafia qualquer descrição unificada, por ser uma arte ultra-inclusiva, que apresenta um número tão grande de influências quanto o de diferentes interpretações que o estilo rendeu ao longo do tempo. Dentre elas, vale destacar os soul's novaiorquino e da Philadelphia, o funk, o Jazz, a música clássica, a eltrônica, o calypso, o rock, a salsa e os ritmos musicais latinos e hispânicas que originaram a salsa.
Como diz minha mãe, a gente não consegue ficar parado! Nem que seja o dedinho do pé, a gente tem que mexer!
O estilo caracteriza-se por linhas vocais crescentes, muitas vezes repetitivas (não no sentido de enjoativas), sobrepondo uma batida dançante 4/4, uma nota oitavada ou duplamente oitavada de hi-hat (um componente de bateria) na batida do contratempo, e um baixo elétrico sincronizado com linhas oitavadas, características aparentemente herdadas do merengue dominicano. Instrumentos de corda, metais, uma grande diversidade de pianos, e guitarras (diferentemente do rock, a lead guitar é raramente usada) criam um background sonoro abundante e inconfundível. Elementos de diversos estilos aparecem como percussão. Vários instrumentos de orquestra, da música clássica, como flauta, violino, sax, metais e oboé, dentre tantos outros, são comumente usados em melodias solo, enriquecendo ainda mais o som. Outro, menos comum nos primeiros anos, mas abundantemente usado a partir do fim da década de 70, é o sintetizador, instrumento eletrônico, geralmente semelhante a um teclado, capaz de produzir uma grande variedade de sons a partir da geração e combinação de diferentes sons (freqüências), criando sinais elétricos, reproduzidos por uma caixa de som. O remix (pão de cada dia de todo DJ) surgiu também como um recurso na disco music.
Não é surpresa que o custo de procução do som disco fosse bem maior que o de tantos outros gêneros muscais populares da década de 70. Diferente do típico quarteto de rock, funk, soul, ou os pequenos trios do jazz, a música disco geralmente demandava uma grande banda pop, com diversos instrumentos de acorde (guitarra, baixo, teclado, sintetizador), uma série de baterias e elementos de percussão (bateria, percussão latina, bateria eletrônica), um set de metais, uma orquestra e uma variedade de instrumentos clássicos para solo (flauta, flautim, etc). A complexidade na produção abriu espaço para que a figura do produtor crescesse, e muito. Eles coordenam o processo de criação das músicas; a composição e os arranjos geralmente feitos por experientes maestros, mas sempre com o toque criativo do produtor.
No começo, o som era predominantemente um fenômeno urbano, sendo a maioria das músicas destinada a audiências reduzidas, em clubes noturnos e de dança, antes de atingir um público mais amplo, nas rádios. No que é considerado um precursor de tais clubes, em fevereiro de 1970, o DJ novaiorquino David Mancuso abriu o The Loft, um clube de dança exclusivo para sócios, em sua própria casa. Entre as tendências sociais que contribuíram para o crescimento da disco music estão o aumento de consumo de gravações musicais entre negros e hispânicos - acima do consumo do público branco, além do aumento da independência financeira das mulheres, da liberação gay e a revolução sexual.
Em 1977, chegou aos cinemas a história de Tony Manero, um jovem conturbado do Brooklyn que visitava nos finais de semana uma discoteca local, onde se tornava o rei, temporariamente se livrando de todos os problemas da vida real. Saturday Night Fever foi um sucesso monumental, tanto comercial quanto culturalmente (se é que há diferença), transformando John Travolta em um astro internacional e, mais importante, sendo o boom da era disco. A trilha sonora, basicamente criada pelos Bee Gees, fez sucesso antes mesmo do lançamento do filme; está entre as trilhas mais vendidas de todos os tempos, já tendo recebido quinze discos de platina.
A influência do filme transcendeu a música. Roupas, hábitos, trejeitos, manias, fala... todos queriam ser como Tony Manero e Stephanie Mangano (Karen Lynn Gorney). Já pelo final dos anos 70, as grandes cidades americanas possuíam pulsantes e crescentes points disco, centrados em discotecas, clubes noturnos e privados, onde DJs tocavam, com poderosos e tecnológicos equipamentos, um smooth mix de grandes hits, mantendo as pessoas dançando a noite toda. Clubes mais prestigiados contavam com um elaborado sistema de luzes, que vibrava à batida da música. Os americanos - e, não muito mais tarde, todo o mundo - viviam uma Saturday night fever.
Em alguns anos, a febre diminui. Mas não havia mais volta para o mundo da música; a disco music permance um dos maiores estilos da história, e, por mais que não sejam mais, hoje, criadas músicas com o rótulo "disco", é inegável a influência, em muitos casos enorme, da revolução dos anos 70 em tudo e em todos.
(Fonte: Wikipedia)
Alguns dos monstros da época:
KC & The Sunshine Band
Earth, Wind & Fire
Chaka Khan
Donna Summers
Bee Gees
E alguns frutos da época, só pra exemplificar a imortalidade do estilo:
Michael Jackson
Madonna e Britney Spears
Pet Shp Boys, tocando Village People
Rihana
Particularmente, musicalmente falando, eu queria sooooooo bad ter vivido aquela época. @_@
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