A não ser eu: para homenagear de maneira digna este dia, passarei-o estudando.
lol
(Thami)"(...)quando o acontecimento não cabe nas palavras, eu costumo usar as palavras, ao contrário, para caberem no acontecimento. Não é a mesma coisa, né, mas quase serve."
[ Senti-me muito bem, porque, além de tudo, momentos assim andam raros. Qualquer abraço de verdade é assim. O problema é encontrar abraços de verdade. Abraço de verdade... é aquele apertado., que encaixa., sem pressa de separar. como se as duas almas aproximassem-se o máximo uma da outra, elas mesmas tentando abraçar-se. É difícil encontrar isso... ]
Dando uma vasculhada pelo arquivo do blog, pra catar meus favoritos pra mostrar pra Cida - se ela estiver lendo, oooooooooi Cidaaa! -, vi este post aqui e achei que valia desenterrá-lo e plantá-lo de novo aqui em cima.
Êi-lo, pois:
Curioso o tanto de coisa que tirei a partir da aula de História hoje (como eu tava com saudade das aulas de Ivaninha! haha ^^ )...
Pra começar, me surpreendi exatamente com isso - como eu gosto das aulas de História. Passei o resto da manhã (a aula foi no 5º horário) e uma boa parte da tarde pensando nisso... E acabei percebendo que, como já me foi dito, isso é coisa minha, característica minha... gostar das coisas.
Tomando meu banho de princesa agora de tarde, ouvindo Lenine, fiquei meio vegetativo debaixo do chuveiro - que nem os monges que ficam meditando debaixo das cachoeiras ;p - quando tocou Paciência. Olha a letra, pra eu poder explicar o porquê desse "baque meditativo".
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma,
até quando o corpo pede um pouco mais de alma,
a vida não pára.
Enquanto o tempo acelera e pede pressa,
eu me recuso, faço hora, vou na valsa...
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
e a loucura finge que isso tudo é normal,
eu finjo ter paciência.
E o mundo vai girando cada vez mais veloz.
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
um pouco mais de paciência.
Será que é tempo que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara... tão rara...
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma,
até quando o corpo pede um pouco mais de alma,
eu sei... a vida não pára... a vida não pára, não...
Será que é tempo que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara... tão rara...
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma,
até quando o corpo pede um pouco mais de alma,
eu sei... a vida é tão rara... a vida não pára, não...
A vida é tão rara...
A vida é tão rara...
— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
Não sou muito dado a musas inspiradoras ou coisas do tipo. Mas, sempre que algum tipo de literatura ou qualquer arte que seja perpassa por minha mente, não consigo deixar de ver nesse poema uma perfeita definição do que é arte pra mim. E, também, quando minhas vontades de escrever e minhas faltas de "material" pra escrever coincidem, costumo recorrer a ele, buscando inspiração ou orientação. (Não costuma adiantar de muita coisa, mas enfim... :p )
O voto é o ápice do exercício da cidadania no regime democrático. Através desse direito, podemos escolher nossos representantes e, assim, pôr em prática o “governo do povo, pelo povo e para o povo”, como idealizou Abraham Lincoln, um dos maiores políticos da história e fundador do constitucionalismo estadunidense. Tal exercício, no entanto, só pode ser alcançado mediante consciência ao fazer-se as escolhas.
Consciência, como consta no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, é o "entendimento acerca de ou interesse por determinado tema ou idéia", de modo que pressupõe um conhecimento acerca daquele determinado tema ou idéia. No caso da cidadania, esse conhecimento é trabalho de um processo de formação e educação do indivíduo, que se inicia ainda na infância e resulta na possibilidade do exercício da cidadania pelo mesmo.
Obrigar alguém a exercer um direito é, no mínimo, paradoxal. A obrigatoriedade do voto é resultado da falta de consciência da população de forma geral, que não consegue enxergar o direito de votar como um mecanismo fundamental no exercício da sua cidadania e na construção de um governo bom. A opção por votar ou não, conferida pela Constituição aos jovens entre dezesseis e dezessete anos de idade, é a expressão mais legitima da cidadania.
Dados estatísticos da Justiça Eleitoral mostram que o número de eleitores nessa faixa etária caiu quase à metade entre 1992 e 2007, indício de que o processo de formação e educação do jovem brasileiro deixa muito a desejar. Esse é somente mais um dentre muitos elementos – como o estado patético das escolas públicas nacionais e o relatório divulgado, em janeiro deste ano, pela Campanha Global pela Educação, o qual traz o Brasil em 16º lugar no ranking dos avanços para cumprir as metas do programa Educação para Todos (EPT) – que mostram a precariedade da educação no Brasil.
A obrigatoriedade do voto não é uma solução para essa questão. Aqueles que não votaram, quando tiveram a opção, ao se verem obrigados a votar, o farão de forma displicente, de má vontade, sem nenhuma consciência do papel que (não) estão desempenhando. A resposta está na disponibilização de recursos que possibilitem a construção dessa consciência, que não só levará os jovens a votar por vontade própria e de maneira consciente, como, no futuro, estenderá essa realidade a toda a sociedade. O voto é um direito, não pode, portanto, ser tratado como um dever; o único ente com a responsabilidade de obrigar um indivíduo a votar é sua consciência.