CIENTIFICISMO + LIRISMO

Mas a vida é tão maior que as palavras...

"(...)quando o acontecimento não cabe nas palavras, eu costumo usar as palavras, ao contrário, para caberem no acontecimento. Não é a mesma coisa, né, mas quase serve."

(Thami)

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

(no ônibus...)

Eu seria algum tipo de gênio literário se pudesse escrever na mesma velocidade em que meus olhos vêem. Estou bem certo de que uma meia dúzia de obras-primas me passaram pela janela e ficaram pra trás no últimos minutos, não escritas.

Também seria um gênio literário se as inspirações que me vêm viessem em palavras ao invés de sentimentos. Já transformei muitas obras-primas em potencial, como esta, em meros amontoados de palavras, como este.

Mas tudo bem: muito da beleza da vida está nas entre-linhas.

Escrito no ônibus, indo pra Vitória (Fundão, na verdade). Desenhado, também no ônibus, na volta. ^^

7 comentários:

Anônimo disse...

(sabia que uma viagem ia fazer bem)

Que bom q vc ta melhor, fico feliz em saber.
p.s: é divertido ficar viajando nas paisagens que vemos em viagens..cada uma com sua mensagem..inspirador. e impossível descrever todas elas.

Marcolino disse...

e super divertido ficar tentando ^^

grazie ;)

Anônimo disse...

Falou. ^^

honestamente, não acho que algo assim tenha a força necessária para impedir você de ser um gênio literário ou qualquer coisa para qual necessite sensibilidade. O grande empecilho dos criativos e emotivos é pragmatizar: materializar. E nem com isso a gente materializa tudo. não há grande poeta no mundo que disse tudo aquilo que sentia. nem grande escritor, que com suas histórias, mostrou os aspectos da vida como ele concebia ou como ele gostaria que fosse. algo acontece quando a gente materializa os sentimentos, que de certa forma, os encobrem lá no fundo do que consideramos arte. daí, esses sentimentos, mesmo que impefeitos, podem apenas ser sentidos quando se faz o elo entre a psiquê do artista e do seu 'leitor', o que observa e interpreta a arte.
Então, o artista apenas molda parte de um sentimento e transmite cerca de metade das suas concepções; por mais que acredite dizer tudo, principalmente se tratando de palavras, não o diz. O todo, a catarse, ou o reconhecimento de algo pelo observador da obra como algo que lhe diz respetio, é o que resgata uma parte do sentimento doado pelo artista em conflito com o sentimento e as concepções do 'receptor'.

^^ empolguei um pouco.

abraço ^^

Marcolino disse...

adoro quando o senhor empolga! ^^
e concordo. eu até pensei em escrever algo assim, mas o texto já tava pronto e o ônibus não me era um local muito convidativo pra ficar escrevendo demais... eu diria que o verdadeiro gênio literário, dentro na realidade, é aquele que melhor lida com essa materialização, essa "palavrização" dos sentimentos. ou seja, concordo com o senhor. ;)

Marcolino disse...

e abraço de volta ^^

Anônimo disse...

Eu adorei esse desenho! Acho que valeu os momentos/paisagens/inspirações não registrado(a)s. ^^

Marcolino disse...

grazie ^^
depois te mostro ele em tamanho real (se eu já não tiver mostrado)
:)