CIENTIFICISMO + LIRISMO

Mas a vida é tão maior que as palavras...

"(...)quando o acontecimento não cabe nas palavras, eu costumo usar as palavras, ao contrário, para caberem no acontecimento. Não é a mesma coisa, né, mas quase serve."

(Thami)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Utopia (not)

"(...)

Minha aversão é à passividade com que as pessoas simplesmente aceitam e fazem as coisas, simplesmente porque "é assim". Se tem uma batalha que eu luto em todos os momentos da minha vida, é a batalha da consciência, a batalha contra a alienação. Eu acredito que tudo na vida é uma escolha, por mais estupidamente óbvia que seja, e que deve, portanto, ser encarado como escolha: com o máximo possível de consciência, consciência de o que se está escolhendo, das razões e das conseqüências da escolha. Pra mim, a vida só pode ser plena mediante a PLENA consciência de TUDO que se vive.

E sabe que eu acho que é essa falta de consciência uma das coisas que mais atrapalha o "convívio social" de forma geral? Todo mundo tem coisas boas em si para oferecer... tanta gente tem tanto...! Mas uma infinidade de tabus e "regras sociais" seguidas cegamente aterram essas coisas. Não digo para abolir essas regras - elas existem e se consolidaram na cultura porque freqüentemente são úteis, e ignorá-las completamente é até perigoso. Mas, como tudo na vida, um meio termo seria o ideal. Imagina como seria incrível nosso mundo, nosso dia-a-dia, se as pessoas percebessem que podem escolher, de acordo com cada pessoa com que convivem, escolher se seguem ou não essas regras; se as pessoas tratassem umas as outras como indivíduos individuais (com licença do pleonasmo), ao invés de como estereótipos e padrões...!

Mas isso é muito difícil, dá trabalho demais; além disso, pode nos deixar mais vulneráveis a nos machucarmos com decepções e afins, quando fizermos alguma escolha equivocada, quando tomarmos alguma decisão errada... #fail

(...)"

(Trecho de carta pra Thami (que ela provavelmente vai ver aqui antes de chegar pra ela na íntegra :P ))

6 comentários:

De Paula disse...

As únicas "regras sociais" válidas são as que seus pais te subjulgam, enquanto você tem menos de 18 anos ou vive com eles.

(tá implicito que a lei é uma coisa completamente diferente né?)

Marcolino disse...

eu tô me referindo mais a regras "de convívio". coisas que você não deve fazer porque são vistas com maus olhos, atitudes que espera-se que você tenha, stuff like that...

(e sim, claro, lei é outra conversa. não sou anarquista, nunca fui.)

e eu não gosto da idéia de ver nada do tipo como "regra". acho que, no máximo, são dicas, "se você não tiver nenhuma idéia do que fazer, faça isso".

bárbara disse...

concordo, cara...
esteriotipar é mais fácil e conveniente.
monotonia de padrões ajuda quem não quer ser quem, de fato, é.

Marcolino disse...

amen, sister! o/

Débora Almeida disse...

Os famosos pudores que nos prendem em nós mesmos.

Laísa disse...

se sentir livre... capaz, né?