Faz uns cinco minutos que eu tô com a lapiseira na mão, olhando pr'esse papel... Me bateu uma vontade esquisita de escrever alguma coisa. Chega a ser uma necessidade. Necessidade, me parece agora, de provar a mim mesmo que eu ainda consigo escrever. Mas escrever coisas que prestem. Escrever de verdade... Escrever... Procure 'escrever' no dicionário de algum escritor. É isso que eu quero. Pra escrever é preciso ginga, jogo de cintura (ou de pulso), destreza com as palavras, intimidade com elas... é preciso criatividade, imaginação, peraltice, insight... é preciso sentimento, emoção, coração... é preciso gramática, regência, concordância, ponto, vírgula, estruturação, organização, ordem...
Muita coisa, né? Mas, ora, se essa não é a parte fácil...? Isso tudo aí é pra qualquer um... Mas escrever não é pra qualquer um. Porque escrever não é só isso. Na verdadet, escrever não é isso at all. Escrever é... escrever é escrever, ora bolas. Como explicar...? Escrever não é pegar um insight, fruto de um sentimento, e pô-lo num papel, com destreza, criatividade, fazendo um texto bonito e bem feito... Não. Não mesmo. Na verdade, o texto é um simples detalhe, uma mera formalidade no ato de escrever. Não. Escrever não é isso.
Escrever, escrever de verdade, é... é dar vasão à alma, é produzir algo que é parte de você, uma extensão do seu espírito. Quando se escreve, não se diz o que se sente; simples e puramente se sente. Tudo aquilo no primeiro parágrafo... escrever não é nada daquilo. Escrever é... escrever.
(Obs.: Desconsidera o título... Eu pretendia escrever sobre 'o que realmente importa na vida'. Mas acabei só escrevendo...)
8 comentários:
Será que você não escreveu o que importa pra sua vida e não percebeu? E acho que não tô falando de escrever, né? Não pura e simplesmente escrever. É... Acho que nenhuma arte se resume às suas variadas técnicas. Seja mesmo aquilo que é invariável. Certo que um polonês que não fale portuguÊs dificilmente entenderia uma poesia em portuguÊs, mas... Acho que a poesia é uma ponta de iceberg; o pouco de nós que externamos. E às vezes é tão pouco, e tão pouco sabemos da existência do que está ali submerso... O
engraçado é que hoje todo mundo quer ser "eu mesmo". Tantos artistas, tanta gente sendo sem precisar dizer o que é. Nada contra os códigos em si mesmos. Só as pessoas que frequentemente se apegam tanto a eles que... não os decifram. Querem usá-los enquanto verdade, mas um edifício não se constrói de sombras e o que parecia sólido nos some e ficamos sem saber da vida. Por isso muitos sonham com o silêncio que tudo explica e tudo representa. Na expectativa preencher o vazio dos signos, silenciam. De repente, compreendem e já não há mais silêncio ou palavra vazios.
Nossa... ^^
Acabei de acordar e confesso que não entendi tudo direito.. vou ter que reler isso mais tarde.... :p
Ahhhhh..... 'tendi... =PP
É... eu acredito mesmo que fazer ou não fazer o texto não tem importância nenhuma ante o que está por trás da escrita, o sentimento ou seja lá o que for que te levaria a produzir alguma literatura...
Mas.... lembra da história do narcisismo? Bom... (me declaro) culpado... =P Não me sinto diminuído at all por não conseguir expressar algum sentimento ou whatever... Mas eu bem gosto de escrever coisas bonitinhas e mostrar pros outros e ouvir elogios... =PPP
Claro. Mas não chega a ser um comportamento narcisista at all, ou a priori. Quer dizer, gosta rde si mesmo ou perceber que a spessoas nosvalorizam nã ochega a ser um mal. Mal é a gente querer que todos nos valorizem até muito mais do que nós mesmos. E fazer disso um hábito. Fazer um culto à própria beleza, ou aos próprios talentos. Coisas assim, eu acho. ^^
:p
^^
só dá nós aqui =P
yeah, babe ^^
chuchu! =**
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