CIENTIFICISMO + LIRISMO

Mas a vida é tão maior que as palavras...

"(...)quando o acontecimento não cabe nas palavras, eu costumo usar as palavras, ao contrário, para caberem no acontecimento. Não é a mesma coisa, né, mas quase serve."

(Thami)

terça-feira, 20 de julho de 2010

Contemplador de Pessoas - Método

Talvez seja minha essência cientificista, mas o fato é que eu sempre dou mais valor a uma explicação quanto mais universal ela for. Isso significa que eu quero mais do que algo que explique tudo: eu quero algo que satisfaça, ou que pelo menos seja aceito por todos que buscam tal explicação.

As questões transcendentais da nossa vida, por exemplo. Eu aceito, acredito, concordo com as explicações espiritualistas. Mas elas não me bastam, porque eu estou constantemente conversando/discutindo essas questões com pessoas que não são tão espiritualistas quanto eu, logo, pessoas que não aceitariam tais explicações tão plenamente, por mais completas que eu as considere.

Assim, minha maior "satisfação existencialista", por assim dizer, eu encontro em uma filosofia um pouco mais, digamos, sociológica - explico o comportamento humano com o comportamento humano. Da arte de ser um contemplador de pessoas, colecionei muito aprendizado no campo do "sentimentalismo", o que me levou a constatar que, embora sejamos todos únicos e particulares (por mais clichês e estereotipados que possamos ser), não "funcionamos" de maneira tão diferente uns dos outros.

Sentimentos e emoções, particularmente, não se diferem muito de pessoa pra pessoa. O ciúme ou a euforia, pra citar dois exemplos, em linhas gerais não são muito diferentes em mim e em você. Essa perspectiva torna bastante praticável compreender seus "princípios de funcionamento": basta observar - e "objetos de pesquisa" não faltam. O que realmente difere de pessoa pra pessoa é a combinação de sentimentos e emoções que compõem cada indivíduo, além da maneira de lidar com eles.

Entendendo melhor a "mecânica" dos sentimentos e emoções, torna-se muito mais fácil conhecer as pessoas, conhecer como elas pensam, entender seus comportamentos - porque essa, ao contrário da emocional, é uma zona muito mais cimentada pela lógica e pela razão.

Esse método não dá o porquê de as coisas serem como são, mas propicia a apreensão de como elas funcionam; e, baseado na minha própria experiência de emprego dele, possui uma aceitação bastante universal.

É, pra mim pelo menos, uma boa ferramenta de orientação na trilha do melhor caminho.

sábado, 10 de julho de 2010

O que realmente importa afinal?

Já ameacei escrever sobre isso antes. Só ameacei. Agora a "vontade esquisita de escrever alguma coisa" se repete e cá estou de novo. Mas dessa vez vou tentar ladrar menos e morder mais.

(Yeah, right..)

De lá pra cá, já aconteceu muita coisa - e eu quero dizer muita coisa mesmo.

Tive minha fase lírica; fingi que entendia de geopolítica; passei a andar com gente estranha e fiquei estranho também; criei raizes em um Jardim de verdade; enfrentei e venci, rindo, um terceiro ano; encerrei uma era (mas a carreguei comigo); iniciei outra; entrei em um universo paralelo; entrei na engenharia; virei padrinho; formei um trio infalível; tentei ser psicólogo de psicóloga; virei engenhêro; continuei andando com gente estranha e fiquei mais estranho ainda; ...

Muita coisa, muito tempo... mas ainda tenho uma vaga lembrança da respsta que eu quis e não consegui dar back then, e a mais sólida certeza de que é a mesma resposta agora e de que será a mesma daqui a 50 anos (resposta que fica bem clara na linha de tempo acima): o que realmente importa, pra mim, afinal

são as pessoas.