CIENTIFICISMO + LIRISMO

Mas a vida é tão maior que as palavras...

"(...)quando o acontecimento não cabe nas palavras, eu costumo usar as palavras, ao contrário, para caberem no acontecimento. Não é a mesma coisa, né, mas quase serve."

(Thami)

domingo, 26 de abril de 2009

Circuito Musical - Semana 4

( CIRCUITO MUSICAL - ÍNDICE )

Tô em um (ou "mais um") momento/fase DISCO. E como é disso que vou falar esta semana, meu plano A seria escolher, dentre os que conheço e mais gosto, o artista/banda que melhor representasse o estilo/época - os Bee Gees, claro. Mas, como já sofria um pouco desse estado semana passada, já falei aqui sobre os irmãos Gibb, logo, meu plano A já era. Ficou sendo meu plano oficial, então, o B: discorro um pouco sobre o estilo/época em geral, e apresento alguns ícones. So, let's shake it, baby! ;]

(O atraso dessa vez se deve a uma dificuldade técnica: na tentativa, a ser vista mais adiante aqui, de apresentar uma descrição mais técnica do estilo, me deparei com uma série de termos criptografados em inglês... precisei, logo, de uma ajudinha de alguém que entende anos-luz mais do assunto que eu. Agradeço once again. ^^ )

Como todos os gêneros musicais similares, definir um único ponto de início é difícil, uma vez que muitos elementos daquilo que hoje se chama disco music aparecem em gravações bem anteriores ao seu "boom". As origens mais notáveis são da América africana e das comunidades hispânicas dos EUA, especialmente New York, no fim da década de 60 e começo da de 70.

O som disco, enqüanto único, desafia qualquer descrição unificada, por ser uma arte ultra-inclusiva, que apresenta um número tão grande de influências quanto o de diferentes interpretações que o estilo rendeu ao longo do tempo. Dentre elas, vale destacar os soul's novaiorquino e da Philadelphia, o funk, o Jazz, a música clássica, a eltrônica, o calypso, o rock, a salsa e os ritmos musicais latinos e hispânicas que originaram a salsa.

Como diz minha mãe, a gente não consegue ficar parado! Nem que seja o dedinho do pé, a gente tem que mexer!

O estilo caracteriza-se por linhas vocais crescentes, muitas vezes repetitivas (não no sentido de enjoativas), sobrepondo uma batida dançante 4/4, uma nota oitavada ou duplamente oitavada de hi-hat (um componente de bateria) na batida do contratempo, e um baixo elétrico sincronizado com linhas oitavadas, características aparentemente herdadas do merengue dominicano. Instrumentos de corda, metais, uma grande diversidade de pianos, e guitarras (diferentemente do rock, a lead guitar é raramente usada) criam um background sonoro abundante e inconfundível. Elementos de diversos estilos aparecem como percussão. Vários instrumentos de orquestra, da música clássica, como flauta, violino, sax, metais e oboé, dentre tantos outros, são comumente usados em melodias solo, enriquecendo ainda mais o som. Outro, menos comum nos primeiros anos, mas abundantemente usado a partir do fim da década de 70, é o sintetizador, instrumento eletrônico, geralmente semelhante a um teclado, capaz de produzir uma grande variedade de sons a partir da geração e combinação de diferentes sons (freqüências), criando sinais elétricos, reproduzidos por uma caixa de som. O remix (pão de cada dia de todo DJ) surgiu também como um recurso na disco music.

Não é surpresa que o custo de procução do som disco fosse bem maior que o de tantos outros gêneros muscais populares da década de 70. Diferente do típico quarteto de rock, funk, soul, ou os pequenos trios do jazz, a música disco geralmente demandava uma grande banda pop, com diversos instrumentos de acorde (guitarra, baixo, teclado, sintetizador), uma série de baterias e elementos de percussão (bateria, percussão latina, bateria eletrônica), um set de metais, uma orquestra e uma variedade de instrumentos clássicos para solo (flauta, flautim, etc). A complexidade na produção abriu espaço para que a figura do produtor crescesse, e muito. Eles coordenam o processo de criação das músicas; a composição e os arranjos geralmente feitos por experientes maestros, mas sempre com o toque criativo do produtor.

No começo, o som era predominantemente um fenômeno urbano, sendo a maioria das músicas destinada a audiências reduzidas, em clubes noturnos e de dança, antes de atingir um público mais amplo, nas rádios. No que é considerado um precursor de tais clubes, em fevereiro de 1970, o DJ novaiorquino David Mancuso abriu o The Loft, um clube de dança exclusivo para sócios, em sua própria casa. Entre as tendências sociais que contribuíram para o crescimento da disco music estão o aumento de consumo de gravações musicais entre negros e hispânicos - acima do consumo do público branco, além do aumento da independência financeira das mulheres, da liberação gay e a revolução sexual.

Em 1977, chegou aos cinemas a história de Tony Manero, um jovem conturbado do Brooklyn que visitava nos finais de semana uma discoteca local, onde se tornava o rei, temporariamente se livrando de todos os problemas da vida real. Saturday Night Fever foi um sucesso monumental, tanto comercial quanto culturalmente (se é que há diferença), transformando John Travolta em um astro internacional e, mais importante, sendo o boom da era disco. A trilha sonora, basicamente criada pelos Bee Gees, fez sucesso antes mesmo do lançamento do filme; está entre as trilhas mais vendidas de todos os tempos, já tendo recebido quinze discos de platina.

A influência do filme transcendeu a música. Roupas, hábitos, trejeitos, manias, fala... todos queriam ser como Tony Manero e Stephanie Mangano (Karen Lynn Gorney). Já pelo final dos anos 70, as grandes cidades americanas possuíam pulsantes e crescentes points disco, centrados em discotecas, clubes noturnos e privados, onde DJs tocavam, com poderosos e tecnológicos equipamentos, um smooth mix de grandes hits, mantendo as pessoas dançando a noite toda. Clubes mais prestigiados contavam com um elaborado sistema de luzes, que vibrava à batida da música. Os americanos - e, não muito mais tarde, todo o mundo - viviam uma Saturday night fever.



Em alguns anos, a febre diminui. Mas não havia mais volta para o mundo da música; a disco music permance um dos maiores estilos da história, e, por mais que não sejam mais, hoje, criadas músicas com o rótulo "disco", é inegável a influência, em muitos casos enorme, da revolução dos anos 70 em tudo e em todos.

(Fonte: Wikipedia)

Alguns dos monstros da época:

KC & The Sunshine Band


Earth, Wind & Fire


Chaka Khan


Donna Summers


Bee Gees


E alguns frutos da época, só pra exemplificar a imortalidade do estilo:

Michael Jackson


Madonna e Britney Spears


Pet Shp Boys, tocando Village People


Rihana


Particularmente, musicalmente falando, eu queria sooooooo bad ter vivido aquela época. @_@

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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Circuito Musical - Semana 3

( CIRCUITO MUSICAL - ÍNDICE )

Se levar-se em conta que, pra mim, os Beatles estão para a música assim como Jesus Cristo está para... ahn... o mundo, não é pouca merd* dizer que eu, em minha modesta e insignificante opinião, ponho os irmão Gibb - e eles - um mínimo degrauzinho abaixo dos meninos de Liverpool. E é com imenso gosto que tento mostrar o porquê. Com vocês, os Bee Gees.

Barry (01.09.1946, 1,80m) e os gêmeos Robin e Maurice Gibb (22.12.1949, 1,73m) nasceram em Douglas, Isle of Man, uma ilha no meio da Grã-Bretanha, mas logo se mudaram para o continente, Manchester, terra natal de seu pai, onde passaram grande parte da infância. Foi aí que os garotos resolveram que era música o que eles queriam para suas vidas: um dia, iam a um cinema local levar um disco que haviam gravado para mostrar a empresários locais, como outras crianças vinham fazendo há algumas semanas, quando Maurice o deixou cair e o disco se quebrou, forçando-os, assim, a cantar ao vivo. A resposta que obtiveram foi tão positiva que eles decidiram levar adiante a carreira musical.

Essa carreira só foi começar, no entanto, quando a família Gibb se mudou para a Austrália, onde os garotos rapidamente ganharam destaque, se apresentando em bares e programas de televisão. Logo chamaram a atenção de um promotor de corrida de animais, Bill Goode, que os apresentou a um DJ local, Bill Gates, o qual deu o nome Bee Gees ao grupo, pelas iniciais de seu nome e do de Goode. O trio ascendeu nas paradas australianas, despertando a atenção de muitos para, dentre outros talentos, a habilidade de composição de Barry, que passou a compor algumas músicas para outros artistas, além dos próprios Bee Gees.

O início bem sucedido na Austrália, já com músicas em primeiro lugar nas paradas, os encorajou a retornar à Inglaterra, em meados da década de 60, separando-se da família. Lá, Brian Epstein, empresário dos Beatles, havia ouvido algumas fitas demo, mandadas pelo pai dos garotos, e as havia repassado a Robert Stigwood, que se interessou em contratá-los. Seu primeiro single na Inlgaterra, New York Mining Disaster 1941, foi confundido por vários DJs, que pensaram ser um novo hit dos Beatles, motivo que os levou a tocar exaustivamente a música. A confusão foi desfeita quando o segundo single, To Love Somebody, foi lançado e, como seu precursor, chegou ao Top 20 tanto na Inglaterra quanto nos Estados Unidos. A partir daí, os irmãos Gibb decolaram.

Mais de uma década de sucesso depois, no final dos anos 70, os Bee Gees aceitaram participar da criação da trilha sonora do filme Saturday Night Fever, ou Os Embalos de Sábado à Noite, como ficou conhecido por aqui.

Este viria a ser um marco e um ponto de virada não só na cerreira da banda, como na história da música. O impacto cultural do filme e da trilha foi absurdo em todo o mundo, sendo o estopim da era Disco. Os irmãos Gibb, que tocavam até então um soft rock harmonioso, ajudaram a inventar um novo estilo musical, um dos maiores (e, se querem minha opinião, melhores) já criados.

Já idolatrados em todo o mundo, os Bee Gees passaram as duas décadas seguintes presenteando o mundo com uma perfeita combinação de rock, disco e baladas, com um "jeito de fazer música" inigualável, uma combinação incrível de três vozes incríveis e um carisma, uma paixão pelo seu "trabalho" que eu jamais vi igual; vê-los se apresentando ao vivo é uma experiência verdadeiramente fora de série.

O trio já vendeu mais de 220 milhões de discos e singles em todo o mundo, estando fácil entre os artistas mais bem sucedidos de todos os tempos. Entraram, em 1997, para o Rock and Roll Hall of Fame, sob a citação: "Só Elvis Presley, The Beatles, Michael Jackson, Garth Brooks e Paul McCartney venderam mais que os Bee Gees." Diga-se de passagem, esse número não inclui composições feitas por eles para outros artistas. Aliás, no que diz respeito a composição, são hors-concours (óconcur, aportuguesando =P ). Em um ponto, em 1978, os irmãos Gibb eram responsáveis por 9 músicas, simultanemante, no Billboard Hot 100; no ano todo, contaram com 12 no Top 40. Como se não fosse muito, quando Islands In The Stream chegou ao topo das paradas este ano, os três se tornaram os únicos compositores na história a ter escrito pelo menos uma música #1 em 5 décadas consecutivas.

Além de terem escrito músicas para artistas como Celine Dion, Diana Ross, Destiny's Child, Barbra Streisand e Frankie Valli, tantos outros já fizeram versões de suas canções, como Elvis Presley, Janis Joplin, Al Green, Eric Clapton, Elton John, Tom Jones e John Frusciante, guitarrista do Red Hot Chili Peppers, que tem o cstume de cantar How Deep Is Your Love, nos shows da banda.

A 12 de janeiro de 2003, Maurice, em um hospital em Miami, quando fazia uma cirurgia de desobstrução intestinal, sofreu um ataque cardíaco; foi levado à CTI, mas não resistiu. Barry e Robin, então, aposentaram o nome do grupo. (Meus olhos ainda enchem d'água sempre que penso nisso..)

(Fonte: Wikipedia)


Maurice (que voz...!):


Robin (que voz...!!):


Barry(que voz...!!!):


Os três (que vozes...!!!!):




(5 trechos do show One Night Only, de 1997. Épico.)

Bônus:


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domingo, 19 de abril de 2009

So I drew a new face and laughed

Por mais que eu não goste de desonrar meus compromissos, hoje eu não acordei. Então o terceiro circuito fica pra amanhã.

Mas, pra não passar o dia de música em branco, I'm yours, Jason Mraz. Apaixonei com essa música, mais ainda depois que prestei atenção na letra. Enjoy.



http://letras.terra.com.br/jason-mraz/1408813/
http://letras.terra.com.br/jason-mraz/669043/

sábado, 18 de abril de 2009

No metrô

Adoro observar (comtemplar, se quiserem levar a coisa pelo lado romancizado =P ) as pessoas, já inclusive escrevi sobre isso aqui. E o faço com especial "intensidade" (na falta de palavra mais adeqüada) quando estou a toa, esperando o tempo passar. O metrô é um perfeito exemplo.

Voltando da puc, estava eu na minha rotineira observância. Muitas coisas (leia-se "pessoas, cenas, ...") me despertaram a atenção, como sempre despertam. Usualmente são coisas que olho com um pouco mais de atenção, mas ainda só de passagem, não me prendo a elas, volto a vagar o olhar/mente pelo ambiente (maldita rima >.< =P ).

Hoje uma dessas coisas subiu de nível e apreendeu-me por todo o tempo em que esteve presente. Foi uma menina, regula de idade comigo, (não vou ser capaz de descrevê-la com exatidão, então prefiro nem começar - minhas memórias comumente se salvam em forma de sentimento, e não de imagens... dificílimo reproduzir dignamente); e foram dois momentos:

no primeiro, logo que entrou, foi captada por meus sentidos (menos pelos cinco usuais do que por outros mais etéreos) - como geralmente se passa com tudo aquilo que me chama a atenção. Passou por mim e foi se perder em meio às pessoas, mais adiante no vagão. Voltei à vadiagem observante;

no segundo, vagou um lugar a uns 2 metros de mim, a minha frente, um pouco à direita. Ela arisca e prontammente ocupou-o. Aproveitei a oportunidade para observá-la um pouco mais calmamente, e foi aí que ela subiu de nível.

Geralmente minha olhância é despreocupada, casual, inocente, alegrezinha. E assim estava até que reparei nos olhos brilhantes dela. Assustei-me um pouco, precisei olhar mais fixamente (algo que geralmente não faço) para ter certeza. Literalmente, I didn't see that coming: ela estava chorando. Não chorando-debulhando-se-escadalosamente-em-lágrimas; não, chorando timida, ressabiadamente, como quem não quer de forma alguma fazer parte de uma cena no metrô.

Eu já tinha gostado dela; geralmente gosto das pessoas que me chamam a atenção - geralmente as pessoas me chamam a atenção porque gosto delas. Mas vê-la lacrimejando (diga-se de passagem, seu esforço em se controlar surtiu efeito, acredito ter sido só eu a notá-la (talvez os demais sequer se importassem)) me fez gostar ainda mais dela.

Ou melhor, mais precisamente, me fez sentir um peso na alma por vê-la triste, um aperto no coração por não ter uma bala nem uma coragem para levantar e ir até ela dar-lhe uma balinha com uma boa carga de energias boas, um abraço implícito que pudesse tentar confortá-la um pouco.

Quando ela desceu e se dissolveu na plataforma (aliás, minto - mesmo supostamente dissolvida ainda pude facilmente seguí-la com os olhos/mente), fiquei um pouco mal, por ela e por mim. Curioso como urgi em fazê-la sentir-se melhor, quizas fazê-la ficar bem.

domingo, 12 de abril de 2009

Circuito Musical - Semana 2


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Essa semana apresento a vocês um dos artistas - e, por que não?, pessoas - por quem tenho maior carinho e admiração; um cara de quem, mesmo não se focando em seu enorme talento, dentro de enormes 1,91m de altura, é extremamente fácil gostar. Os presenteio com James Vernon Taylor (12/03/1948, Boston, Massachusetts).


Amável: [Do lat. amabile.] Adjetivo de dois gêneros. 1.Digno de ser amado; 2.De trato ameno; agradável, simples.

Começou sua carreira no final dos anos 60, mas não conseguiu espaço em seu próprio país, indo tentar a sorte na Inglaterra. Foi um dos primeiros contratados da gravadora dos Beatles, a Apple Records, mas as gravações que realizou no período 68/69 não chamaram muita atenção, e ele voltou para os EUA. Utilizou muitas músicas desse período em seu primeiro álbum de sucesso, Sweet baby James(70), colocado entre os melhores álbuns de folk rock de todos os tempos. A partir daí, colecionou hits.

Com vocais serenos, naturais, introduziu o que foi chamado nos anos 70 de soft-rock, uma sonoridade acústica, com pitadas de folk e pop, que fez muito sucesso. Com seu jeito calmo e introspectivo, o artista foi um ícone dos anos 70 e conquistou fãs em várias gerações; seu caloroso barítono (tom de voz entre o tenor e o baixo) está entre as vozes mais reconhecidas na música popular e seu violão atingiu um patamar único, próprio.

A maioria de seus álbuns alcançou vendagens recordes, que lhe renderam, dentre muitos outros prêmios, um disco de diamante, por bater mais de dez milhões de cópias em sua carreira, só nos EUA. Em 2000, coroando sua brilhante trajetória, foi convidado a entrar tanto para o Rock 'n' Roll Hall of Fame quanto para o Songwriter's Hall of Fame. JT continua na ativa, em turnê mundo afora, como um bom vinho, tendo lançado três álbuns nos últimos anos: One Man Band, em 2007, com músicas inéditas, indicado ao Grammy daquele ano; Covers, em 2008, com interpretações de hits das décadas de 50, 60 e 70, também indicado ao Grammy; e, este ano, lançado como material bônus para Covers, Other Covers.

A música de James Taylor dá corpo à arte da composição na sua forma mais fundamental. Ele está nessa há décadas: transformando meditações introspectivas em letras, melodias e harmonias que confortam e dão segurança ao ouvinte com o sentido de que esses momentos, às vezes dolorosos, às vezes comemorativos, são parte de uma vida, compartilhada por todos nós.

Hoje ele vive em The Berkshires, condado na divisa entre Massachussetts e Connecticut, com sua esposa, Caroline, e seus dois filhos, Henry e Rufus.

(Fontes: JamesTaylor.com, Last.fm, Wikipedia)














Não é a toa que sinto esse cara como fosse (como é) um dos meus melhores amigos.



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quinta-feira, 9 de abril de 2009

...

- Ei, Timão.
- ... O que foi, Pumba?
- Ei, Timão?
- Agora não, Pumba.
- Ohw, tudo bem. Vou conversar com meus outros amigos javalis...
- ...
...

domingo, 5 de abril de 2009

Circuito Musical - Semana 1

Já faz um tempinho que quero fazer isso. Venho achando que tá faltando cultura nesse blog, tá parecendo mais um diário ou um caderno de anotações (longe de isso ser ruim) do que um blog. Resolvi tomar alguma iniciativa.

Começando hoje, todo domingo vou postar alguma banda do momento e/ou alguma das melhores - claro, sempre sob meu ponto de vista -, sempre uma por semana; mostrar alguma(s) música(s) - critério a ser definido para cada postagem; falar um pouco sobre a banda; contar um pouquinho de história, se eu achar interessante; enfim, apresentar a banda pra vocês - independente de já a conhecerem ou não. E vou chamar isso de Circuito Musical.



( CIRCUITO MUSICAL - ÍNDICE )

Pra começar, e começar bem, melhor impossível, os primeiros e únicos besouros de Liverpool. Introduzo-os com as palavras de Paul David Hewson, o Bono Vox (palavras sobre Sir Paul McCartney, no último VMA)(adaptado pela minha memória =P ): Para mim, falar dele(s) é como pedir a um padre católico para falar de Pedro. Se a música fosse o cristianismo, esse(s) cara(s) seria(m) Pedro. Tudo mudou depois dele(s), a indústria da música começou verdadeiramente com ele(s).

THE BEATLES

Em 1955, John Lennon, 15 anos, criou o grupo Quarrymen com amigos de escola. No começo, a banda tocava skiffle, tipo de música que usava improvisações como bateria com panelas, baixos com cabos de vassoura... Logo, a banda abandonaria o skiffle para se dedicar ao rock and roll, ritmo que estava começando a fazer sucesso entre os jovens ingleses. Em Julho de 1957, Paul McCartney, 15 anos, foi a um show dos Quarrymen e acabou sendo apresentado a John. John o convidou para juntar-se à banda, pouco mais tarde, depois de impressionar-se ao ouvir Paul tocando a música “Twenty Flight Rock”. Em 1958, Paul apresentou a John um garoto seu conhecido, George Harrison. George na época tinha apenas 15 anos, três anos mais novo que John, fato que desagradava um pouco a Lennon. George foi aceito e permaneceu na banda, no entanto, por saber tocar guitarra melhor que John e Paul. Somente os três eram fixos na banda, que contava com vários integrantes entrando e saindo frequentemente. Ao tocarem em um pub de Liverpool, chamado Jacaranda, um baterista, Pete Best, começou acompanhá-los com mais frequência - Pete era filho da dona do pub.

O nome da banda mudou diversas vezes, desde Johnny and the Moondogs a Long John and the Silver Beatles, numa época em que nomes grandes eram mais comuns em meios musicais. O nome foi posteriormente simplificado para The Silver Beatles e, finalmente, para The Beatles. Este foi inspirado na banda The Crickets ("os grilos"), de Buddy Holly, sendo “Beatles” um trocadilho de “beetles” (besouros) com “beat” (batida). Mas a versão certa do nome é explicada por John Lennon: Sonhei com um homem numa torta flamejante, dizendo: "Vocês são Beatles com A".

Quando os Beatles receberam um convite para tocar em clubes noturnos de Hamburgo, Alemanha, eles convidaram Pete Best para acompanhá-los na bateria. Pete acabou ficando como baterista fixo da banda. Eles foram duas vezes a Hamburgo. A primeira, em 1960, não deu muito certo: George acabou sendo deportado por ser menor de idade; depois, Pete e Paul também foram deportados por provocar um pequeno incêndio no local onde encontravam-se hospedados. Na segnda viagem, em 1961, - George já era maior de idade - Stuart Sutcliffe (amigo de John, estudante de arte, que havia assumido o baixo pouco tempo antes) resolveu abandonar a banda a fim de dedicar-se à pintura e para se casar. Foi a noiva de Stuart que sugeriu que os Beatles adotassem o penteado para frente e abandonassem o topete estilo Elvis Presley. Com a saída de Stu, Paul assumiu o contrabaixo, e os Beatles passaram então a ser um quarteto. Quando estavam em Hamburgo, acabaram gravando algumas músicas em estúdio, acompanhando o cantor Tony Sheridan, entre elas a música “My Bonnie”.

Ao retornar a Liverpool, os Beatles já tinham uma certa popularidade na cidade, e tocavam rotineiramente em um pub local, chamado Cavern Club. Seus fãs, ao saberem que a banda tinha um compacto no mercado com “My Bonnie”, cantada por Tony Sheridan, foram procurá-lo em lojas de discos. Assim Brian Epstein, gerente de uma dessas lojas, tomou conhecimento dos Beatles. Curioso, foi vê-los tocar no Cavern Club, ficando impressionado com os rapazes. Resolveu tornar-se empresário deles; os aconselhou, no entanto, a mudar a aparência: saíram os casacos de couro e calças apertadas, e entraram terninhos, como era moda em Paris. O modo de se apresentarem ao vivo também mudou: nada de brigar, comer, fumar ou beber durante os shows, o que tornou os Beatles um produto mais apresentável. Brian tinha contatos que o possibilitou contactar algumas gravadoras para apresentar os Beatles. A primeira foi a Decca Records, mas os Beatles foram recusados, pois os executivos da gravadora achavam que o rock logo iria desaparecer. Posteriormente, Brian conseguiu que George Martin, um produtor de discos da gravadora Parlophone, subsidiária da EMI, ouvisse os garotos. Em Londres, no dia 6 de Junho de 1962, George Martin ouviu os Beatles e resolveu contratá-los.

Após a contratação pela Parlophone, os Beatles resolveram dispensar o baterista Pete Best, que tinha um gênio difícil e havia tempos estava desagradando os outros integrantes do grupo - (de acordo com fontes não oficiais) John teria dito uma vez que Best era o mais bonito do grupo, e o assédio das fãs o estaria deixando com excesso de confiança, fazendo-o negligenciar seu desempenho na bateria. Em seu lugar, os rapazes chamaram Ringo Starr, também de Liverpool, que tocava em uma banda chamada Rory Storm and the Hurricanes.

Em outubro de 1962, lançaram o primeiro compacto, com a música Love me Do e P.S. I Love you, já com produção de George Martin.

O resto é história, mais de um bilhão de álbuns vendidos em todo o mundo e dúzias de músicas atingindo o primeiro lugar nas paradas ao redor do mundo - 20 nas paradas estadunidenses, recorde até os dias atuais.

(Fonte: Last.fm - http://www.lastfm.com.br/music/The+Beatles/+wiki )



















Difícil, pra mim, pôr em palavras o que são os Beatles, pra mim. Vou me apropriar das palavras dos fãs de Michael Jordan - apropriar nada, elas são minhas também ;] -, pra tentar: the best there ever was, the best there ever will be.



GOD SAVE THE BEATLES!


( CIRCUITO MUSICAL - ÍNDICE )