CIENTIFICISMO + LIRISMO

Mas a vida é tão maior que as palavras...

"(...)quando o acontecimento não cabe nas palavras, eu costumo usar as palavras, ao contrário, para caberem no acontecimento. Não é a mesma coisa, né, mas quase serve."

(Thami)

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Carta ao Tempo

Pegando o gancho do post de baixo, mais uma reflexãozinha. ^^

Texto do começo do ano, quando eu tava profundamente neurado com a questão do tempo. Gosto de lê-lo de quando em vez, me faz bem. Espero que gostem também.

Belo Horizonte, 30 de fevereiro de 2007

Caro Tempo,

posso te dizer que estou com saudades. Parece paradoxal, eu sei. Estou sempre com você e sinto saudades? Sinto. Como disse Nelson Motta, na voz de Lulu Santos, “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia; e tudo que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo”; e isso se aplica especialmente a você, Tempo, sempre mudando, sempre diferente, sempre novo. Não pode me culpar por sentir saudades. É torturante a idéia de que um momento que eu viveria para sempre, que eu gostaria de viver para sempre é somente um momento, um momento (e este é o grande inferno deste mundo) passageiro. Passa. Acaba. Não volta mais. Como não sentir saudades?

Por favor, não encare isso como uma queixa; uma lamentação, talvez. Mas reclamo de barriga cheia, devo admitir, o que me remete ao verdadeiro propósito de tudo isto.


Quero muito te agradecer e, antes, te pedir desculpa. Desculpa, primeiramente, por ser mal-agradecido a ponto de me queixar de você. Em segundo lugar, desculpa por te ter ao meu lado por toda a minha vida e somente agora perceber a maravilha que é conversar com você, perceber que você é importante demais para ser tratado como simples pano de fundo, ignorado. Digo a quem quiser ouvir: o Tempo é meu melhor amigo.


Reclamei por os momentos bons acabarem. É preciso que você me lembre que os maus também acabam? Não, já me lembrei. Tem mais: você me mantém caminhando, passando pelos bons (e maus) momentos, deixando-os para trás, mas você não me diz aonde ir a seguir; ir de encontro a um momento melhor ou pior cabe a mim. É onde entra meu agradecimento. Ultimamente você tem sido tão bom pra mim; tem me dado tantas chances maravilhosas e momentos daqueles que eu gostaria de viver para sempre. Te agradeço por isso, por me escutar, me aconselhar, me dar chances de errar, de acertar, de aprender com meu erro, de desfrutar do meu acerto. Te agradeço inclusive por mudar, me dando a clara chance de viver novos e melhores momentos. Obrigado por ser meu amigo.


Não posso nem quero controlá-lo. Mas posso e quero tê-lo como amigo. Descobri que essa é a chave para viver bem a vida.


Sempre a seu lado,

Marcos


Moral da história:
Você não tem que correr contra o tempo. Você tem que correr com o tempo.

Como diz minha professora de português, pensem nisso. ^^

domingo, 29 de julho de 2007

Brincar é tarefa de criança

Apenas Brincando

Quando estou construindo com blocos no quarto de brinquedos,
Por favor, não diga que estou apenas brincando,
Porque enquanto brinco, estou aprendendo sobre equilíbrio e formas.
Quando estou me fantasiando,
Arrumando a mesa e cuidando das bonecas.
Por favor, não me deixe ouvir você dizer ele está apenas brincando.
Porque enquanto eu brinco, eu aprendo.
Eu posso ser mãe ou pai algum dia.
Quando estou pintando até os cotovelos,
Ou de pé diante do cavalete, ou modelando argila,
Por favor, não diga que estou apenas brincando,
Porque enquanto eu brinco, eu aprendo.
Estou expressando e criando
Eu posso ser artista ou inventor algum dia.
Quando estou entretido com um quebra-cabeça ou com algum brinquedo na escola,
Por favor, não sinta que é um tempo perdido com brincadeiras.
Porque enquanto brinco, estou aprendendo.
Estou aprendendo a me concentrar e resolver problemas.
Eu posso estar numa empresa algum dia.
Quando você me vê aprendendo, cozinhando ou experimentando alimentos.
Por favor, não pense que porque me divirto, é apenas uma brincadeira.
Eu estou aprendendo a seguir instruções e perceber as diferenças.
Eu posso ser um chefe algum dia.
Quando você me vê aprendendo a pular, saltar, correr e movimentar meu corpo.
Por favor, não diga que estou apenas brincando.
Eu estou aprendendo como meu corpo funciona.
Eu posso ser um médico, enfermeiro ou um atleta algum dia.
Quando você me pergunta o que fiz na escola hoje.
E eu digo: eu brinquei.
Por favor, não me entenda mal.
Por que enquanto eu brinco, estou aprendendo.
Estou aprendendo a ter prazer e ser bem sucedido no trabalho.
Eu estou me preparando para o amanhã.
Hoje, eu sou uma criança e meu trabalho é brincar.

Não sei de quem é esse texto, achei ele em uma comunidade (
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=17776769 ) do orkut.

Vendo o Pan ontem e hoje, as finais do vôlei e do basquete, me encantei com a alegria e com as comemorações dos meninos - tanto depois quanto durante o jogo, depois de pontos e jogadas mais fantásticos - e passei a gostar deles mais ainda do que eu já gostava. Me deu uma sensação tão boa vê-los brincando, que nem criança, parecendo tão felizes...! Me senti feliz também, por estar 'compartilhando' aquele momento com eles (tá, tá, eu tava só vendo aquele momento =P ).

Anyway... E esse texto com isso? Bom... é a questão de ser criança. Ser criança faz parte da vida, assim como brincar. Feliz é quem sabe ser criança, porque felicidade é coisa de criança. ;)


Amizade


Aaahh a amizade...!

;]~

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Menino levado

Aproveitando o embalo pra postar (dá uma olhada no post de baixo, sim? ^^ ), aqui vão uma matéria de hoje (relativa ao jogo Palmeiras x Vasco, ontem, pelo Brasileiro) do globoesporte.com e mais algumas risadas pra vocês. ^^

Mãe puxa orelha de Makelele pela expulsão

Por telefone, de Salvador, Maria Alice liga para o filho reclamando do cartão vermelho

"Eu não tinha cartão amarelo e entendi que o juiz foi muito rigoroso. Não achei a expulsão justa. Mas quando a minha mãe (Maria Alice) me ligou, de Salvador, e me deu a maior bronca pela expulsão, eu achei que acabei exagerando. Ela me perguntou se eu queria matar o jogador do Vasco (Wágner Diniz) durante a dividida" - (Makelele, volante do Palmeiras)

Aaaai ai... é cada uma que me aparece... e que alegra meu dia com algumas gargalhadas... hahaha ;D

Quem quiser a matéria completa: http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/0,,MUL77913-4403,00.html (dá uma olhada lá, que tem o vídeo do lance da expulsão. muito animal xD )

Zeca Baleiro

Um dos cd's que eu comprei com o dinheiro do meu aniversário foi o Perfil do Zeca Baleiro. Tô ouvindo ele agora, e me divertindo um bocado! ^^ A ponto de querer compartilhar duas músicas, muita divertidas:


Samba do Approach - c/ Zeca Pagodinho ;D



venha provar meu brunch
saiba que eu tenho approach
na hora do lunch
eu ando de ferryboat
eu tenho savoir-faire
meu temperamento é light
minha casa é hi-tec
toda hora rola um insight
já fui fã do jethro tull
hoje me amarro no Slash
minha vida agora é cool
meu passado é que foi trash
fica ligada no link
que eu vou confessar my love
depois do décimo drink
só um bom e velho engov
eu tirei o meu green card
e fui pra Miami Beach
posso não ser pop star
mas já sou um noveau riche
eu tenho sex-appeal
saca só meu background
veloz como Damon Hill
tenaz como Fittipaldi
nao dispenso um happy end
quero jogar no dream team
de dia um macho man
e de noite drag queen


e


Heavy Metal do Senhor



o cara mais underground que eu conheço é o diabo
que no inferno toca cover das canções celestiais
com sua banda formada só por anjos decaídos
a platéia pega fogo quando rolam os festivais
enquanto isso Deus brinca de gangorra no playground
do céu com santos que já foram homens de pecado
de repente os santos falam "toca Deus um som maneiro"
e Deus fala "aguenta vou rolar um som pesado"
a banda cover do diabo acho que já tá por fora
o mercado tá de olho é no som que Deus criou
com trombetas distorcidas e harpas envenenadas
mundo inteiro vai pirar com o heavy metal do Senhor



hahaa muito bom! ;D




quarta-feira, 25 de julho de 2007

Acabou.

O.O

*_*


"A vida teve seus altos e baixos, e Harry me acompanhou durante muita coisa. Acho que, mais que qualquer outra coisa, sinto que não mais terei aquele mundo para me refugiar."

Faço minhas as palavras de J. K. Rowling.

domingo, 22 de julho de 2007

Sem que percebesse, nove horas se passaram enquanto lia. Era como se o mundo houvesse parado, mas não havia; só ficara desimportante, diante daquele outro mundo, mágico. Impressionante.

sábado, 21 de julho de 2007

Em minha vida

Gostaria de, com a licença de Sir Lennon e Sir McCartney [reverência reverência], citar aqui a letra de uma de suas músicas - das mais fanstásticas, em minha opinião - porque... bem... porque deu vontade de citá-la. ^^

In My Life

There are places I remember all my life,
though some have changed,
some forever, not for better,
some have gone and some remain,
all these places had their moments
with lovers and friends I still can recall.
Some are dead and some are living.
In my life I've loved them all.
But of all these friends and lovers,
there is no one compares with you,
and these memories lose their meaning
when I think of love as something new.
Though I know I'll never lose affection
for people and things that went before,
I know I'll often stop and think about them,
In my life I'll love you more.
Though I know I'll never lose affection
for people and things that went before,
I know I'll often stop and think about them,
In my life I'll love you more.
In my life I'll love you more.

Gosto demais do que essa música fala. :)

Bem melhor

Dei um jeito naquele meu estado deplorável de ontem.

Abri minha mão-de-vaca pão-dura, flertei com o consumismo e troquei o dinheirinho que ganhei de aniversário (não sem antes hesitar algumas vezes, em respeito ao meu espírito de Tio Patinhas) por uns carrinhos de compra on-line. Me proibi de me arrepender e fiquei bastante satisfeito da vida (mais ainda com a notícia de que seu pedido (Harry Potter and the Deathly Hallows) foi encaminhado para a empresa transportadora).

É com esse sorrisão de satisfação...
...que passo ao outro assunto do post, assunto do dia de hoje. :)

Apesar de melhor, não me acho em condições boas o suficiente para criar algo que me pareça digno da homenagem que desejo prestar, então peço ajuda a um textinho que escrevi já faz um tempinho. Êi-lo:


Jantar com amigos

-Tem certeza de que não quer comer nada?

-Tenho... Tenho sim, brigado. Não tô com fome não. Acho que sou movido a felicidade – soou ridículo, por isso todos riram e continuaram a jantar e a conversar. Gostava de dizer bobagens, fazer palhaçadas, comentários engraçados... gostava de fazê-los rir.

Mas, desta vez, falara sério, mesmo que em tom de brincadeira. Realmente não sentia fome. Nem tédio, sono, cansaço ou qualquer outra dessas sensações ruins que se sente a toda hora. Ou melhor, quase a toda hora. Porque não sentia nada disso quando estava com os amigos. Por que não sentia nada disso? Só sabia mesmo era que não sentia. Amizade. Amizade... Amizade tem mesmo dessas coisas estranhas... sem sentido... boas... Amizade... Será que aquelas pessoas ali, jantando, conversando, sabiam que causavam tal inexplicável efeito em alguém? que eram tão importantes na vida de alguém? Provavelmente não. Será que era assim tão importante para elas também...? Não era algo muito agradável de se pensar... principalmente para alguém com o tal “complexo de time pequeno”. Aquela história do futebol, que o time pequeno sempre se acha inferior aos demais, sempre abaixa a cabeça para os grandes, achando-se indigno de estar entre eles, porque eles são tão melhores etc e tal... Costumava ver a amizade, de certa forma, dividida em duas: o Sentimento de Amizade e a Amizade em si. O Sentimento é a parte individual, a parte que depende de somente um dos dois lados, era disso que realmente entendia, nisso que realmente gastava horas pensando. A Amizade em si é mais, é maior, é a evolução do Sentimento dos dois lados, é convívio, contato, sintonia, depende do Sentimento dos dois lados, é quando qualquer um dos dois pode dizer, sem receio, “Eu sou amigo dele”. Para alguém com o “complexo de time pequeno”, demora um pouco até poder dizer isso. O que sabia é que aquelas pessoas ali, jantando, conversando, podiam dizer isso sem medo, pois elas eram os tais “melhores amigos”. Como disse Vinícius de Moraes, “tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. (...) A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. (...) Mas, porque não os procuro, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.” Nenhum deles estaria lendo estes pensamentos, mas enfim... deu pra entender. Poderia citar todo o texto “Amigos”, de Vinícius, mas o que é realmente o ponto de tudo isso é que, em termos de Sentimento, era especialista. Com certeza. Especialista.

-Marcos?

-Ahn? Oi? Oi!

-Você tá bem?

-É, cara, você tá todo autista aí.

-Ah, não, não, tudo bem sim. Eu só tava viajando um pouco aqui. Pensando na vida, sabe – e todos riem de novo.

-Alguma super resolução nova?

-Sempre tem alguma. Mas eu penso demais, você sabe disso. Bom, vou-me indo. Vou pra casa comer alguma coisa e dormir, que estou ficando com fome e com sono. Tchau tchau pra vocês – levantei-me, rindo, e fui saindo, ao som de xingamentos e mais risos de meus amigos.


Isso tudo aqui, na verdade, e eu quase esqueço, é pra desejar um feliiiiz (finzinho de) Dia do Amigo! ^^

sexta-feira, 20 de julho de 2007

X.x

É impressionante como o ócio é perigoso.

Primeira vez nestas férias que fico 4 dias em casa à toa. (Gripe. Braba.) Traiçoeiro, o ócio se aproveitou da minha literal fraqueza e me acertou direito na cabeça: minha mente - mesmo desgastada da gripe - tá borbulhando, fervendo, desesperada - e eu realmente quero dizer desesperada - por algo com que se ocupar. A medida que o tempo passa e o desespero cresce, a mente vai virando um buraco negro, "comendo" aceleradamente tudo (pelo menos o muito que já tentei) que passa por ela, de modo que nada a satisfaz: um belo monstro gultão.

Momento ideal para tirar as barrigas, minha e de meu caderninho aqui, da miséria e escrever, escrever, escrever. Certo? Pior que não... Minha cabeça tá funcionando tão furiosamente rápido que eu nen consigo segurar um pensamento (ou uma inspiração) por tempo mais que o suficiente para meramente pensar nele; quando eu pego um lápis ou abro a janela aqui, já foi.

Esse estado desgramado só é perfeito pra aquela uma coisa de cuja falta ele é originado: fazer algo.

Se pelo menos meu Harry Potter chegasse logo, ou minha bola de basquete não tivesse no telhado do ginásio...

X.x

Alguém, pelamor de Jesus Cristinho, me arruma alguma coisa pra fazer?! =P

quarta-feira, 18 de julho de 2007

domingo, 15 de julho de 2007

Imaginação

Agitou o braço e o ônibus verde passou por ele, indo parar alguns metros a frente, obrigando-o a correr e pular porta adentro, quando esta já quase se fechava. Ajeitando o cabelo bagunçado pelo vento com uma mão e tentando pegar uma nota de dois no apertado bolso da calça-jeans com a outra, fez uma careta risonha para o motorista, que retribuiu o riso, debochado. O ônibus arrancou e ele, com as mãos ocupadas, por um pouco não caiu: mais um par de risos.

Entregou uma nota de dois amassagada ao trocador e, sem ter onde sentar, ficou de pé em frente à porta do meio, escorando-se na janela, sambando para se equilibrar. Seus olhos, fisgados pela janela, viam tudo e nada, lá fora.

Viu um menino, com uma vassoura (bela vassoura) nas mãos, alçar vôo, discretamente, em meio aos transeuntes, sem ser notado. Viu-o subir, subir, sumir. 'Que maneira interessante de viajar', pensou. Deu sinal para o ônibus parar e desceu. Tirou uma varinha do bolso, agitou-a e uma vassoura chegou voando até ele. Montou-a e imitou o menino: subiu, subiu, sumiu.

Estava em um grande estádio, lotado, muito bonito. Por entre os outros que voavam com ele ali, viu um pequenino brilho dourado, e partiu, a toda velocidade, atrás dele. O vento forte em seu rosto agitava seus cabelos, mas não o fazia sentir frio, a adrenalina não permitia. Aproximando-se mais e mais do brilho, soltou uma das mãos do cabo da vassoura e esticou-a, tentando fechar os dedos em torno da pequena esfera. Conseguiu! Sentiu-a lutar batendo contra seus dedos, da mesma forma que seu coração contra seu peito, excitado, feliz.

Estava de volta a rua de onde saíra, ou pelo menos assim pensara. Havia menos prédios, menos gente, menos anos na rua, como se ele tivesse voltado no tempo. Via, agora, um menino. Estava subindo o arco de um viaduto. Apressou-se em juntar-se a ele. Chegando ao topo, iluminados pelo sol poente, ele pôde sentir a beleza da cena, sentiu-se novamente feliz, realizado, ali, junto daquele que, não sabia porque, parecia que sempre estava com ele.

Estava, agora, em um ginásio. Lotado, com um palco bem na frente. Uma música começou a tocar: da-da-da da-da-da-da-da-da. Seu coração se encheu tão rapidamente de uma emoção tão grande, que a única coisa que impedia seu peito de explodir de felicidade era cantar junto. No palco, cada vez mais perto dele, estavam quatro figuras, feias, mal vestidas, mas que ainda assim enchiam seus olhos. Olhou em volta, não havia mais ninguém. Olhou para frente, não havia mais palco. Aliás, não havia mais ginásio. Ele e as quatro figuras estavam na varanda de sua casa, conversando e cantando.

Estava novamente no ônibus, trazido de volta por uma parada brusca que jogou sua canela contra o ferro do banco a sua frente. Conveniente, dentro da margem do possível: seu ponto era o próximo. Deu sinal para parar e desceu, mancando. Tirou uma caneta e um pedaço de papel do bolso: uma lista. Correu-a com os olhos, cortou alguns 'usar a imaginação' dos muitos que ali havia e seguiu seu caminho.

sábado, 14 de julho de 2007

Bom dia

Qual seria a definição de um bom dia?
Não sei dizer com certeza, mas acho que um bom bom dia é aquele que te faz pensar em um bom dia.
É... um bom dia, sim. :)

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Harry Potter

O último post foi sobre Elizabethtown.

Hoje eu fui ao cinema (primeira seção da estréia! YEAH! xD ) assistir a minha outra grande (a maior, na verdade) paixão fictícia. Ela vem ocupando esse posto há muitos e muitos anos, uma paixão digna dos grandes românticos do Romantismo. Dá pra perceber isso nesse 'depoimento' que eu desenterrei aqui no meu computador agora. Muito legal! ^^



Harry Potter

Minha mãe sempre me diz que “quando eu for mais velho, e tiver lá os meus quarenta anos, vou querer me lembrar de como eu sou, do que eu gosto agora”.

Levando, por uma das primeiras vezes, o conselho da minha mãe a sério, estou aqui; quinta-feira a noite, onze e quarenta, tenho tênis amanha d manha, final de férias...


Enfim, tomando as palavras de minha mãe como verdade, e como uma das pessoas que (creio eu) melhor me conhece, eu acho que algo a ser lembrado quando eu for quarentão, algo como marcante do Marcos de 15 anos, é – por mais ridículo que isso possa soar – um personagem, um mundo que (pelo menos até aqui em minha vida) foi o único capaz de me seduzir tanto, e eu arrisco a dizer, até mais que o mundo real no qual eu vivo.

Quem diria que o Marcos, um menino tão centrado, pé no chão, cabeça no lugar, etc. se deixaria sofrer tamanha sedução por parte de uma simples historia criada por uma simples escritora inglesa, um tiro no escuro tentando acertar os jovens atuais (que se encontram tão afastados do hábito da leitura)...

Como meu pai disse um dia, à mesa do almoço, “ela conseguiu captar a exata freqüência de pensamento dos jovens; mesmo sendo uma trama tão simples, era para gostar disso que os jovens estavam preparados”. Não sei se ele acertou ou não, mas era exatamente para isso que eu estava “preparado”.

Já se foram seis livros do total de sete da série, e eu acabei (cerca de 30 minutos atrás) de ler o sexto exemplar; e é exatamente sobre o sentimento que tomou conta de mim desde que eu comecei a lê-lo e que culmina agora que eu pretendo falar.

Eu me coloco dentro da história dos livros, mas não como o próprio Harry – o que seria o considerado “normal” – mas como se eu mesmo estivesse ali. Vivendo as mesmas coisas que ele, sentindo as mesmas coisas que ele (e isso merece certo comentário: como a versão que eu li é em inglês – porque a versão em português só sai no fim do ano e eu não quis esperar – por várias ocasiões o que me fazia compreender o que estava se passando na cena era o fato de eu compartilhar dos mesmos sentimentos que o Harry, visto que somente pela leitura, não fui capaz de captar o sentido do que se passava), pensando com ele (não da mesma maneira nem as mesmas coisas, já que eu o considero um pouco “lento” na hora de raciocinar), enfim... como se eu vivesse dentro da alma dele na história.

E agora, o que se passa dentro de mim, é como se eu – digamos assim – tivesse sido isolado para fora da alma dele... uma vez que o livro acabou. O que me parece, é que eu fiquei – e ainda vou ficar, por algum tempo (como ocorreu nos outros livros) – esperando o que virá a acontecer a seguir; completamente dentro da história. E, subitamente, sou forçado a encarar que acabou, que não vai acontecer mais nada, que eu não posso mais ficar no mundo, na história, na mente de Harry Potter. E sou atirado fora desse mundo, mundo esse que me parece um sonho, tudo que eu gostaria e que nunca terei; mas que, por um intervalo de algumas páginas (607 para ser mais exato), eu tive.

E ser isolado para fora desse sonho me causa o baque que estou sofrendo agora...

Mas o que vale lembrar é esse sonho que eu encontrei dentro de um livro.

Marcos Rosa Fabiano Alves, 29 de julho de 2005, 0 horas e 11 minutos



Foi muito bom achar isso dois anos depois, principalmente pra ver que o sentimento não mudou. (E olha que foram pouquíssimas as coisas que não mudaram em mim nesse tempo.) Achei que valia a postagem. ^^

Aos fãs de Harry Potter: CHEERS! ;D

segunda-feira, 9 de julho de 2007

E-Town

No true fiasco ever began as a quest for mere adequacy...

The motto of the British Special Service Air Force is - "Those who risk, win."


A single green vine-shoot is able to grow through cement.


The Pacific Northwestern Salmon beats itself bloody on its quest to travel hundreds of miles upstream, against the current, with a single purpose:


sex, of course, but also...

life.

[ Elizabethtown ]

Pra quem gosta... ^^

Entre as estrelas


Era fim de tarde, ou começo de noite, não me lembro bem. Me lembro que era hora de dormir.

"A cidade dorme."

Fechei os olhos e dormi. Lembrei-me das palavras de um cartão - lindo, lindo cartão! - que havia recebido mais cedo: "veja o mundo de cima, como um brinquedo que enfeita o berço, ou melhor, como um berço que enfeita o brinquedo. E me conta como é estar entre as estrelas!".

Dormi e sonhei. Estava em um lugar muito agradável, tão lindo...! Samambaias penduradas brincavam de teatro de sombras com o crepúsculo, e uma brisa fresca de inverno fazia se encolherem as figuras que ali, em roda, conversavam, brincavam, eram felizes.

Quem eram aquelas figuras eu não saberia dizer, não conseguia lhes prestar qualquer atenção aos rostos: o calor que aquele ambiente trazia ao meu coração me entretia demais por si só.

Fiquei a observar aquela cena por um tempo. Muito, pouco, não importava. Via lampejos de sorrisos, ouvia o farfalhar de risadas, sentia o calor de carinhos. Fiquei calado, apreciando aquela sinfonia de silêncio e de som, me sentindo feliz simplesmente por estar ali.

"A cidade acorda."

Não sei se abri os olhos ou não, se acordei ou continuei dormindo. As palavras eram só mais uma parte da sinfonia, e eu continuava por demais entretido com ela. Os rostos agora eram visíveis, familiares, queridos. O resto continuava o mesmo.

Sonhando ou não, me sentia nas nuvens, flutuando no céu, vendo as estrelas brincando, admirando a vista de cima do mundo, como um berço que enfeita o brinquedo... É fácil admirar as estrelas quando se está junto delas.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Férias

FÉRIAS!!!

WOW!

o////

FéRiAs!!!

wow wow wow!

\o//

Fériaas!

Yeah!

Férias!

Uhul!

Férias!

;D

ai ai

;D

wow!

Férias!

aaai ai

ai ai

Férias!

Yes!

ai ai

zzzzzzZZzzZZZZzzzz

ai ai

férias...

credo, que tédio...

ai ai

pff...

férias...

ai ai

aaaah, eu quero aula!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

É bom

É bom tirar um tempo pra se divertir.
É bom tirar um tempo pra se divertir e dançar.
É bom tirar um tempo pra se divertir e dançar com seus amigos.
É bom tirar um tempo pra se divertir e dançar com seus amigos, a noite toda.
É bom tirar um tempo pra se divertir e dançar com seus amigos, a noite toda, em uma festança.
É bom tirar um tempo pra se divertir e dançar com seus amigos, a noite toda, em uma festança de 15 anos.
É bom tirar um tempo pra se divertir e dançar com seus amigos, a noite toda, em uma festança de 15 anos de uma grande amiga sua.
É bom tirar um tempo pra se divertir e dançar com seus amigos, a noite toda, em uma festança de 15 anos de uma grande amiga sua, sem se preocupar em ser ridículo.
É bom tirar um tempo pra se divertir e dançar com seus amigos, a noite toda, em uma festança de 15 anos de uma grande amiga sua, sem se preocupar em ser ridículo, com duas anteninhas vermelhas na cabeça, um óculos cor de rosa, uma gravata fosforescente e uma gravata-borboleta prateada na testa.
E com um sorrisão na cara.
É bom.